quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Capítulo 12 O bom moço...Desabafos de um Princípe.



Diário de Bulma

Capítulo 12


O Bom Moço... Desabafos de um Príncipe.





       Ao chegar  em  casa , vi que Vegeta me esperava no jardim. Não sei o que deu nele em vir me dar lição de moral. Realmente essa máscara de bom moço não combina com ele.

      Mamãe me deixou com um olhar expressivo, como se me disesse:“Viu só como ele gosta de você?” Na verdade isso pouco me importa agora. Estou com outros planos na cabeça.

       Como venho dizendo há muito tempo,uma bela e jovem garota como eu não tem que ficar se preocupando com essas coisas e como também já tinha dito, já passei do meu limite. 

        Bruscamente ele  me pegou pelo braço.Foi uma piada:Vegeta me olhou bem nos olhos e disse:
-Sua idiota! O que pensa que está fazendo?
       Mas como é grosso esse Vegeta.Segurava o vidro das pílulas na mão.Eu fingi que não entendi nada:
 -Mas do que está falando Vegeta?
        Irritou-se profundamente:
 -Ora, não se faça de boba. Você sabe muito bem do que falo.
       



          Com essa frase, que no meu entender ele pensou ser bem colocada, derramou o restante das pílulas na palma de sua mão direita e fechou os punhos com força, deixando os comprimidos em farelos e logo em seguida soltou o pó no ar, formando uma pequena nuvem branca. Confesso que senti vontade de rir aquela hora, pois  foi tudo muito patético.Mas como Vegeta não iria de forma alguma deixar com que eusinha pensasse que ele estaria preocupado comigo, arrumou logo um jeito de sair dessa situação e talvez tivesse se tocado de que realmente sua atitude de bom moço era patética.
-Se você quer fazer suas besteiras que faça, mas não me ponha no meio delas. Sua maluca! Não quero ser responsável pela morte de uma mulher idiota.

       Sei diário... Por incrível que pareça eu não me importei e nem se quer fiquei irritada com o Vegeta. Mas ele não me deixou dizer nada, eu apenas fiquei sem mover um músculo do meu rosto para manter meu semblante "de quem não estava entendendo nada" e "do que ele estava falando?” Então uma coisa incrível aconteceu. Algo que até agora não estou acreditando. Bom, vamos por partes:

       Primeiro ele me observou silencioso por alguns poucos segundos, isso depois de me dizer aquilo né... E depois, bom, depois serrou os olhos apertados e engoliu tão seco que pareceu que iria machucar a garganta. Estava tão nervoso e começou a tremer feito uma vara, ficou vermelho como um tomate maduro. Eu o analisava minuciosamente. Percebi então que tentava tomar coragem para me dizer algo e com uma força tremenda finalmente disse: 
:
        -Por favor, não faça isso comigo. Sei que você é idiota, mas não me faça me sentir culpado por uma idiotice que eu mesmo provoquei. Não conseguiria levar essa culpa para o resto da minha vida.
       Fiquei atônita, pois nunca imaginava que Vegeta poderia dizer isso para mim. Tudo bem, tudo bem... Nada é perfeito, portanto vamos esquecer esse negócio de que "Sei que você é idiota" de lado e pensar na essência da situação. Bom, eu não sabia bem o que dizer, na verdade queria ouvir mais e consegui. Achei conveniente não dizer nada e pensei que qualquer pigarro na minha garganta poderia trazê-lo de volta á realidade. Ele mais uma vez cerrou os olhos, uma característica completamente desconhecida para mim e no que acredito, poderia ser para muitos que não estavam ali. Seu esforço tremendo em tentar falar se repetiu e ele retomou a coragem tão difícil de conseguir:

-Hunf! Mas que droga Bulma! Eu não sei o que acontece comigo... Você me faz sentir estranho. Esse sentimento aqui dentro de mim... – Foi dizendo cerrando ambos os punhos - Eu realmente não sei o que eu faço com isso. Hunf! Mas como essa coisa me irrita. Eu deveria matá-la por me fazer me sentir tão imbecil, mas em vez disso eu sinto vontade de ficar perto de você, sentir esse cheiro que você tem no cabelo que é tão estranho e bom e quando você fala alto eu sinto vontade de te calar com aquele beijo. Ah!Mas que raiva que eu sinto de você por isso. Eu deveria estar concentrado em ficar mais forte, dominar tudo, destruir Kakaroto depois de acabar com os malditos andróides, mas aí, quando estou fazendo meus planos, você vem à minha mente como uma praga. Daí eu me lembro de como você é diferente de tudo que já conheci.De como é bonita e inteligente ...Essa foi a impressão que eu tive quando te vi a primeira vez.Chego até á conclusão de que você não é tão imbecil como o resto de seus amigos inúteis. Preso á esses pensamentos sem nexo eu me desvio completamente dos meus propósitos destinados a esse planeta ridículo e às esses vermes terráqueos . Confesso que já pensei em matar você e toda a sua família de modo com que eu me livrasse disso tudo, mas essa coisa dentro de mim é tão forte, me domina de uma forma tão poderosa, que o simples fato de pensar nessa possibilidade me faz sentir que o meu mundo poderia desabar. Você me faz se sentir fraco Bulma e chego até a te odiar por isso e esse ódio é diferente de todos que já senti na minha vida. Diga-me que ódio é esse que faz com que eu não te destrua?        Enfim calou-se cansado, respirou fundo e como uma criança que acabara de acordar esfregou os olhos nervosamente. Diário, não resisti, naquele momento deixei que uma lágrima silenciosa escorresse pelo meu rosto. Vegeta finalmente, de seu modo é claro, desabafou, contou tudo que sentia para mim. Eu me aproximei mais dele, devagar para não assustá-lo. Eu o abracei, ele ficou imóvel. Olhei para o fundo de seus olhos negros , passeia minha mão em seu rosto e nessa hora ele fechou os olhos para senti-la.Suspirou fundo , mas desta vez não de cansaço , mas sim com um apelo ao coração.Então eu disse a ele,  calma e plena:
   -Oh! Pobre Vegeta.O que tenho para lhe responder é que eu sinto o mesmo em relação a você. A única diferença  é que eu  sei bem o que sinto e a palavra correta não é ódio, e sim amor.Pois bem, uma palavra muito forte que você até então desconhece.Por favor, não confunda a minha sinceridade com pretensão. Longe de mim agir de tal forma.Eu apenas quero tirar esse peso das suas costas. Se ainda não tem condições de assumir o que pensa ser um “estranho ódio” em amor, eu não o culpo. E por esse mesmo amor que sinto por você, eu lhe deixo em paz para não mais sofrer com que é tão confuso.Vegeta, você é livre se quiser partir e se achar conveniente e até pode levar a cápsula de gravidade para treinar, como também pode vir pedir ao meu pai para dar os ajustes necessários e qualquer outra coisa que desejar.Entretanto se quiser ficar, você sabe tão bem quanto eu que é sempre bem vindo.Mas como disse, vou te deixar livre para fazer o que quer.Não mais te direi nada que não for além do necessário da mesma forma será a minha presença. Dou-lhe a minha palavra.Isso tudo porquê te amo.






         Assim me senti mais leve, dei-lhe um beijo de toque nos lábios e fui embora. Meu coração? Dói, não nego, mas a minha cabeça está aberta, solta e feliz.Antes fiz um ultimo pedido, que fosse á minha festa e que usasse a roupa que comprei para ele.Disse que ficaria muito feliz com a presença dele.

       A minha razão grita vitória.Estou me sentido confortável e o sono vem. Vou dormir bem essa noite e amanhã é o meu dia como também um novo dia.Até amanhã diário...Boa noite.


Continua...

Um comentário:

  1. kawaii, dificil imaginar a cena mas deve ter sido assim!! mt bom mesmo! amo esta fic!

    ResponderExcluir