quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Capítulo 26 simplesmente ficar com ela...






O Diário de Bulma
Capítulo
26


Simplesmente ficar com ela...


        O único lugar que vinha na cabeça de Vegeta era o Shopping. Era onde ele encontraria o que precisava. Ele anotou o nome da taldelicatessen” para não se esquecer, mas temia que estivesse fechada por causa do feriado. Voltar aquele lugar cheio de pessoas estúpidas não era agradável para ele. Infelizmente deu com a porta na cara. Realmente estava fechada.
- ARFF! Mas que droga de shopping!- Reclamou irritado atraindo a atenção dos trausentes que passavam pelo piso indo à praça de alimentação.
          Ele não tinha tempo a perder. Seguiu vôo a procura de algum lugar aberto. Enquanto voava seus pensamentos faziam o mesmo. Ele se indignava consigo mesmo. Não conseguia entender porque estava fazendo aquilo tudo, perdendo o tempo com isso. De repente a imagem de Bulma veio á sua mente.


 Os olhos azuis, grandes, sonhadores e aventureiros e sempre a procura de algo. No começo ele se sentia analisado por aqueles olhos. Isso o deixava maluco de raiva. Mas depois se acostumou, pois ele havia conseguindo desvendar os adjetivos que faltavam naquela imensidão azul: “Sonhadores e aventureiros”. Sorriu abertamente. Estava sozinho no céu. Ninguém estava vendo mesmo.
A primeira impressão que Vegeta teve de Bulma foi em Namekusei ,impressão essa que não foi positiva,pois Vegeta a achou boba e superficial,e além do mais ele não viu nada mais além disso,pois estava preocupado em achar rapidamente as esferas do dragão.




  Porém ,depois de ser enviado para terra ,aquela garota terráquea chega perto dele ,sem nenhuma cermônia ,com aqueles grandes olhos devoradores e curiosos convida os Namekusei-jins e ele para ficarem na casa dela:

 
-... E seu nome rapazinho?É Vegeta ,não é? Por que você não vem também?Não tem um lugar onde ficar...Eu vou te servir muita comida!Acho que come tanto quanto Goku, ou estou enganada?Mas eu não vou permitir que se apaixone por mim mesmo que me ache muito atraente.


           Ele nunca seesqueceu de como a achou metida e notou o como ela disse aquilo alto.Mas ele gostou...

 
        Esse negócio de romance além de ser uma tamanha imbecilidade, dava um grande trabalho e perda tempo. Poderia ter ido direto ao assunto que era: simplesmente ficar com ela. Mas se era esse tal de romance que ela queria, ela o teria. O turbilhão de sentimentos novos em seu coração mente e corpo, não daria espaço á dura razão a qual Vegeta cresceu.  Já que seus sentidos naturais estavam inibidos por uma força maior e desconhecida por um longo período de sua vida, ele foi em frente, mesmo indignado com o que estava fazendo.
     A noite, apesar de um pouco fria, estava agradável. Com certeza a convidaria para voar e ver as luzes da cidade. Isso é romântico?Sim. Ele sabia que ela gostava de voar.  “AH! A personalidade de Bulma...” O sayajin sorriu abertamente outra vez...

Memories, burning gold memories

Gold of day memories change me in these times

    Eu pensei que já havia sentido e vivido muitas coisas em minha louca vida, mas jamais imaginaria isso!Diário, eu envolvi meus braços em torno dos ombros de Vegeta e me segurei bem. Lá do alto vi que as luzes da cidade matem-se como chamas. Amanhã eu acordaria em um brilhante dia onde as sombras mudariam de alguma forma o tempo todo, assim como o meu futuro.

 

         Ele me olhou com interrogação ao ver-me séria e pensativa. Estava sentido um pouco de frio, mas o calor do corpo de Vegeta me aquecia carinhosamente. Então sorri para ele. Não era hora para ficar pensando o que seria do meu futuro com ele. Como eu já havia dito, os momentos estavam queimando lentos naquela noite dourada, onde eu e Vegeta conseguimos alcançar o mesmo nível em relação aos nossos sentimentos. Eu acredito que sim. Sim!Eu acredito diário!
          Vegeta não dizia nada. Apenas me segurava com força e proteção. Então, olhando-o com carinho, finalmente eu disse alguma coisa:

- Hei Vegeta! Obrigada por isso. Estou muito feliz.

        E foi assim que encostei a minha cabeça em seu peito e senti o coração de Vegeta disparar. Ele finalmente disse:

-Estou te levando a um lugar. Já estamos quase chegando. Está muito frio?
 
      Eu olhei para ele. Seus olhos estavam fixos na direção que seguíamos e em seu rosto a feição séria e segura.

-Não. Está tudo bem Vegeta. Tudo bem... - Eu disse suavemente, apertando-o com todo carinho, aproveitando cada segundo de cuidado que ele estava tendo comigo. Isso!Aquele cuidado declarado e espontâneo... No fundo eu sabia que uma hora ou outra, ele poderia voltar a ser o Vegeta de sempre. Pense bem diário: conhecendo Vegeta como conheço, seria ilusão da minha parte pensar que aquilo seria para sempre. Bem, como já disse, não queria ficar pensando essas coisas.

     Enquanto voávamos livres, a capital do Oeste ia ficando para trás. Uma curiosidade imensa foi tomando conta de mim:
-Vegeta, para onde está me levando afinal? - Perguntei inquieta.





- Ora!Trate-se de se conter. Se eu disser vai perder a Graça. E não se mexa tanto, pois “se você cair o problema não será meu.”- Olhou para mim sorrindo, relembrando o dia em que me levou ao shopping.     

        Finalmente chegamos ao nosso destino.
        Vegeta me levou até ao um lindo penhasco que fica na saída da cidade. No céu não havia estrelas para completar o momento, mas quem estava se importando?Aquilo foi perfeito para mim. Percebi que à medida que o tempo passava, Vegeta ia relaxando cada vez mais. Lá o vento soprava mais frio. Ele então me abraçou me protegendo e me aquecendo o tempo todo. Eu o fitei por alguns segundos e ele retribuiu o olhar sem pestanejar. Depois disse calmamente, porém com seu habitual tom imponente e imperativo:

 

- Eu venho aqui ás vezes para ficar sozinho e pensar. Gosto desse meu refúgio.
-No que pensa tanto vegeta?-Perguntei placidamente para mostrar cumplicidade.
-Penso em muitas coisas. Mas eu não quero falar sobre isso. Eu só queria que... Bem...  Só queria que você conhecesse esse lugar.

         Saí um pouco dos braços do meu príncipe sayajin para ver aquele lugar tão especial para ele. Notei uma árvore solitária á direita, distante e exótica, assim como Vegeta. Do nosso lado, uma formação rochosa apontava em meio ao mato curto. Dei mais uma olhada em volta e sentei-me em uma parte alta da rocha. Ele se virou e veio à minha direção. Sentou-se ao meu lado. Eu estiquei o punho do meu casaco e cobri as minhas mãos. Estava ficando cada vez mais frio e o vento estava soprando forte. Naquele momento eu não sabia o que dizer... Eu não sabia o que dizer a esse novo Vegeta que se mostrava para mim. Ele percebeu e puxou assunto:

 - É lamentável que esteja escuro. Há uma extensa pradaria abaixo desse penhasco perigoso. Tome cuidado. É interessante de se ver. Acho que iria gostar.
Tirando esses estúpidos terráqueos, esse planeta até que é... Como você mesma diria: bonito.

   Foi ai diário, que eusinha quase estraguei tudo. Enquanto Vegeta falava, eu me lembrei de uma coisa: juntei as palavras penhasco e perigoso e me lembrei da &¨*# da Manoella. Será esse o penhasco que Vegeta a salvou? E por que ele estava me trazendo aqui?Será que ele veio aqui para ficar se lembrando dela e me humilhar? Um ciúme incontrolável tomou conta de mim. Comecei a viajar em várias coisas e não me contive em perguntar:





          - Olha aqui Vegeta. - Ele se assustou com a mudança repentina no tom da minha voz.
- Hunf... – Resmungou já me olhando de soslaio.
           - Por acaso é nesse penhasco que aquela impostora da Manoella quase caiu?
- Mas por que está me perguntando isso a uma hora dessas?Quanto absurdo!
Levantei-me:
     -Absurdo uma ova Vegeta! Trouxe-me aqui para ficar falando dela, não foi?Eu deveria ter desconfiado. Eu não consigo entender por que a salvou. Você não se importa com ninguém, não é? Mas ela... Aff!Por kami-sama! Eu sabia. Como pude ser tão idiota e para falar a verdade...

           Vegeta me interrompeu com um grito impaciente:

- Ora! CALE-SE! Está começando a me encher.

Eu o olhei com os olhos arregalados e assustados. Àquela hora me deu vontade de chorar. Meus olhos se emudeceram rapidamente.

- Me pergunto o quanto está conseguindo ser tão idiota. Está sendo mais que isso. Está sendo patética, estúpida e imbecil.

       Eu não agüentei aquele grito impetuoso e comecei a chorar, pois todos os adjetivos juntos numa mesma frase foram demais para mim.

-Se quiser continuar alimentando essas coisas inúteis em sua cabeça o problema será todo seu. Eu não vou ficar aqui discutindo com você coisas insignificantes e ficar ouvindo você chorar como uma menina mimada. Além do mais, não vou ficar lhe dando satisfações de nada! Ou você confia, ou não confia. A escolha é sua.

           Vegeta foi muito duro comigo. Mas ele tinha razão. Eu estava estragando tudo. Eu então enxuguei as lágrimas, empinei o meu nariz e disse com voz firme:

-Você tem razão. Não tem que tolerar isso de mim. Agora que está nervoso, é melhor irmos embora. Desculpe-me por ter estragado tudo que fez para essa noite. Sei que não deve ter sido fácil para você.

      De repente um estrondo de trovão nos chamou a atenção. Uma chuva fina, porém um pouco forte começou a cair:

       -Vegeta! É melhor irmos. Ainda bem que eu trouxe uma cápsula hoipoi.

     Vegeta pediu para que eu parasse. A chuva já nos encharcara o corpo. Ele se aproximou lentamente, e eu, fiquei ali parada com cara de boba, sem saber o que dizer. Perto de mim, seu corpo molhado juntou-se ao meu, então ele segurou a minha nuca firmemente. O frio havia passado definitivamente. O que nos aquecia era o calor dos nossos corpos.

 
        Tirei do bolso da minha calça a cápsula hoipoi para irmos embora. Mas ele segurou a minha mão direita  antes que eu a lançasse ao solo e firme, olhando cada vez mais para dentro de mim, Vegeta me beijou...










                            
O Diário de Bulma.
Segunda Fase
Mudanças drásticas
Mudanças Internas

Capital do Oeste - Dia 28 de dezembro - 18h00min


                 Ó diário desculpe-me abandona-lo por tanto tempo. Ando tão sem pique. Tenho tido tanto sono, ando tão cansada. Acho que estou muito doente. Por Kami-sama! Será que vou morrer antes dos andróides chegarem? Ai, que trágico, não é?
          Ando com tantas saudades da época da minha infância... De quando conheci Goku. Eu era tão cheia de energia. Pegava a minha mochila e saia por esse mundão atrás das esferas do dragão.  
        Sono mortal. É o que eu venho sentido... Mas tenho que escrever o que aconteceu nesses últimos dois meses... Senão eu acho que vou dormir outra vez e vou acabar deixando pra lá.
 Antes de continuar de onde parei... Onde parei mesmo? Ah é! Eu e Vegeta... Deixe-me ler aqui... (folheando o diário)... O beijo no penhasco e ida para casa. AI... Ai... (suspiros) Esses últimos meses do ano têm sido como posso dizer, cheios.

 

           Bem, Vegeta está chateado comigo. Disse que eu estou afastada dele. Bem, na verdade, não que eu o ame mais, mas é que... Como posso explicar... Quero ficar sozinha.
     Ontem dormi até ás sete horas da noite. Mamãe anda me observando em silêncio, mas não diz nada. (Será que ela está pensando que eu ando tomando pílulas para dormir outra vez?) Levantei, fiz uma bacia cheia de pipoca de queijo com catchup e levei um litro de refrigerante pra sala de televisão. Deu-me vontade. Senti-me uma sayajin comendo desse jeito.
         Então como eu ia dizendo, levei aquilo tudo para a sala e comecei a ver televisão. Vegeta passou o dia inteiro treinando. Apareceu para mim de banho tomado, vestindo uma blusa de malha preta e uma bermuda jeans. (Ele não me larga mais).Eu gosto desse novo Vegeta, mas eu ando tanta irritabilidade, mudanças repentinas de humor, vontade de chorar.Quero evitar uma briga.
Ele estava todo cheirosinho. Vegeta cruzou os braços e ficou me olhando indignado.
          Aquilo me incomodou. Então perguntei:

-O que há vegeta?

       Ele descruzou os braços e veio até a minha direção. Sentou-se ao meu lado com cara de pouco amigos, depois de alguns segundos, inquieto, levantou e ficou em frente á TV com sua pose imponente:

- Ora, não se faça de tola. Por que pergunta o que há?Sou eu quem pergunta. Olha para você. Cara amassada, cabelo atrapalhado, e o seu jeito... Aff! Você está diferente. O que aconteceu? Não me quer mais?

            Olhei para ele sem paciência. Não estava tolerando Vegeta vir com cobranças para cima de mim:



- Me poupe Vegeta. Há uns cinco meses atrás você não diria isso para mim. O que deu em você agora hein? Ficou pegajoso de repente. Será que você não entende que estou cansada de trabalhar?


           Vegeta soltou uma risada, riu com tanta vontade que parecia ter ouvido uma piada muito engraçada. E foi isso mesmo que ele disse:


- Hahaha!Deixe de piada Bulma. Que trabalho? Você anda desleixada até com isso. Você deu para dormir como urso e á noite fica como um zumbi vendo essa televisão. Fora que seu cardápio anda muito exótico ultimamente. O que não me admira muito te ver enjoada logo de manhã. O que está acontecendo Bulma?Ande! Deixe de moleza. Eu quero saber. Fale logo. Não me deixe esperando.


        Com o Vegeta falando daquele jeito na minha cabeça, eu não agüentei. Deixei a pipoca e o refrigerante de lado, deixei-me cair ao chão e sai engatinhando sem força para a porta. Ele me olhou espantado.

- Ah vegeta!Esquece isso tá bom? – Falava engatinhando lentamente e choramingando. – Para essa sua pergunta, eu não tenho a resposta. Eu não sei de nada. Eu só quero paz, sossego, quero ir para um lugar longe... Quero tomar um porre... Eu quero?Eu nem sei o que eu quero. Meus hormônios estão travando batalhas dentro do meu corpo. Eu posso sentir. Vou tomar um banho... Vou estudar um pouco... Eu acho.

       Vegeta abanou a cabeça como gesto negativo, me tirou do chão e me colocou no seu ombro como se eu fosse um saco de batatas e dessa forma seguiu em direção ao meu quarto:

   -Deixe de infantilidades. Pare de se arrastar por ai como um animal. Está sendo ridícula. – Parou de falar, coloucou-me no chão em frente a minha porta, de repente olhou meu rosto tão firmemente como se tivesse percebido algo:

- Ai, o que foi Vegeta?Por que está me olhando desse jeito?

-Você está com as feições diferentes. Seu rosto está mudado... Não sei bem o que é.

-Está dizendo que estou feia?- Perguntei ofendida e chorando.
Fui abrindo a porta do quarto andando na frente dele muito chateada. Nem quis olhar para trás. Mas Vegeta me chamou e me agarrou pelo braço.

- Não me dê as costas Bulma. Estou falando com você.





 Soltei-me dele bruscamente e continuei andando, ignorando-o completamente.
 Então o orgulho ferido de Vegeta voltou friamente. Magoado, chateado e cheio de dúvidas, ele gritou comigo como há muito não fazia?

      -Sua idiota. Eu não estou dizendo isso. Ah! E que saber? Dane-se você. Você está sendo insurpotável. Não me procure mais. Já perdi muito tempo com você. Tenho mais o que fazer.
  

  Virei-me para ele com os olhos cheios de lágrimas. Ele calou-se esperando que eu dissesse alguma coisa. Mas eu não disse nada. Então, ele, cheio de raiva me disse:

    - Você acabou de fazer a sua escolha. Não me procure não me toque e nem fale comigo. Entendeu? Estou cheio disso tudo... Desse lugar. Eu vou embora. Vou para um lugar onde posso treinar e recuperar meus objetivos os quais por sua culpa eu me desviei.

               Assim vi a silhueta de Vegeta desaparecer na luz fraca que iluminava o corredor. Eu não sei por que eu nada disse. Deixei-o simplesmente ir. E ele se foi. Hoje eu não o vi. Procurei por ele e não o encontrei. As roupas dele estão no lugar, mas os uniformes ele levou junto com a cápsula de gravidade. Passei esse tempo todo tentando conquistar o homem da minha vida e agora o deixei ir. Como sou burra, diário. Por Kami-sama! (CHORANDO)

 Continua...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Capítulo 25 “Deixe a sacada do seu quarto aberto ás 22 horas e me espere.”


O Diário de Bulma

Capítulo

25


“Deixe a sacada do seu quarto aberta ás 22 horas e me espere.”



        Vegeta saiu apressado. Não tinha tempo a perder. Será que ele realmente sabia o que estava fazendo? Seu coração estava acelerado. Em seu peito se misturavam uma forte dose de ansiedade e adrenalina. Ele nunca havia sentido algo daquela maneira.

      Os pensamentos de Vegeta: chegou a pensar que estava louco, mas não se conteve áquela nova sensação que estava lhe arrebentando todo.

      Sim!Bulma. Era o motivo disso tudo. O que teria essa mulher de tão especial para envolver o príncipe dos sayajins dessa forma? Ele sabia muito bem: Inteligência, beleza, talento? Singular demais para Vegeta. Era muito mais que isso.

    Ele relembrou sua conversa com a mãe de Bulma alguns minutos atrás:

   - Não me pergunte nada. Apenas responda a minha dúvida.


A Sra.Briefs não gostou muito do tom de voz do “belo rapaz”, mas sabia que ele estava se esforçando. Bulma já havia contado a ela que Vegeta queria conversar com ela mais tarde. Viu a filha muito entusiasmada e ela já sabia o que dizer a Vegeta sem precisar que ele perguntasse:


-Ela gosta de Flores, champanhe, e uma boa conversa.


         Vegeta já tinha informação o suficiente. Ele saberia o que fazer.
30 de Outubro

11h00minh manhã:

               Diário, não é novidade nenhuma descrever como me senti depois que Vegeta saiu do meu quarto. Aquela frase firme e bem colocada: “Deixe a sacada do seu quarto aberto ás 22 horas e me espere” não saía da minha mente. Eu posso dizer que estou muito feliz.
             Então tratei logo de conter a minha ansiedade e fazer alguma coisa. O tempo custava a passar. Estudei um pouco e depois resolvi dar uma caminhada pelo bairro.

       Mesmo com o tempo frio e nublado, as pessoas caminhavam animadamente pelas ruas. O feriado forneceu certa animação e renovou as energias do pessoal.

          Fui observando tudo isso e tirando um pouco da ansiedade do meu coração e distraída, passei em frente à casa da Manoella. E aquelasinha estava saindo de casa naquele exato momento. Acredita diário, que ela teve a cara de pau de me chamar?


- Hei Bulma! Que bom ver você por aqui!
Eu me arrebentei de raiva quando percebi que ela vinha ao meu encontro. Foi logo dizendo:

- Nossa!Que surpresa ver você por aqui. Geralmente você fica o dia inteiro trabalhando como uma louca, né?


       Como disse, eu estava muito feliz e ela não iria conseguir acabar com ser pleno, leve e solto que eu estava sendo.

- O que você quer? -Perguntei seca:


- Uau!Bulma! Mas quanto mau humor!Sua mãe tem toda razão quando diz que você vive stressada. Olha para você? Relaxe. Parece uma velha rabugenta.


   Filha da... Mas eu me contive e fui logo ao assunto?


- Olha aqui garota. Sem rodeios, tá bom? Eu não gosto e nunca gostei de você. Portanto, tenho mais o que fazer...

  Então eu me virei de costas para atravessar a rua. Não queria papo com ela, resolvi ser direta e acabar com aquela ladainha toda. Mas é claro que ela sempre foi uma falsa, e a partir daquele momento ela não precisava mais fingir quem era para mim, então a pilantra resolveu tirar as garras para fora:

-Hei Bulma. - Me chamou com um tom de voz irônico. – Sabe que eu e Vegeta temos muito em comum?


 Parei. Não resisti em ouvir o que ela tinha para dizer. Ela continuou:


- Eu sei que você tem uma quedinha por ele. Acha que não percebi?Aliás, deve ser por isso que você me odeia tanto, não é?É compreensivo levando em conta que eu e ele estamos nos dando muito bem. Mas se eu fosse você não perdia o seu tempo. Eu e vegeta nascemos um para o outro. Soube disse desde o momento em que ele me salvou daquele penhasco. Apaixonei-me na hora. Passei um bom tempo pensando em como iria encontrá-lo. Não foi difícil quando soube que ele era seu hospede. Daí foi tudo fácil. Uma visita, um agradecimento e BOMB! Ele ficou de quatro por mim.


     A vontade que eu tinha era de voar no pescoço daquela &*¨% , mas a razão me dizia para esperar, pois a vingança é um prato que se come frio. Então, me mostrando indiferente eu disse:


- Que lindo Manoella. Por que não escreve um livro sobre isso?Debochei.


           Ela se irritou. Confesso que naquele momento eu não a reconheci. Ela me olhou séria disse:


- Não brinque comigo coisinha. Quando eu estou no ringue é para ganhar. Posso transformar a sua vida perfeita num verdadeiro inferno.


        Mas eu sabia que Manoella nunca era o que ela realmente demonstrava ser. Essa ameaça idiota não me intimidou. Eu a conheci no colegial e sabia de muitas coisas sobre ela, coisas o suficiente para não dar crédito a nada do que ela disser. Sabia que ela tinha certo medo de mim. Deve ser porque além de eu ter uma personalidade forte sou linda e inteligente.

    Então, naquele momento, parecendo que estava lendo meus pensamentos, ela disse.


- Escuta aqui Bulma. Dessa vez vai ser diferente viu? Eu gosto pra valer daquele cara e você não vai entrar no meu caminho. - Seus olhos brilhavam intensamente, perigosamente e desafiadoramente. - Eu amo aquele homem, se é o que quer saber. Não desistirei.


          Diário, percebi que naquele momento ela estava falando sério. Então, fazendo jus á minha genialidade, eu tive uma idéia:

- Há!Há! – Ri com vontade. – Manoella, do que está falando? Você acha mesmo que eu estou competindo com você em relação ao Vegeta?Que isso!Ele é como um irmão para mim.


- Hum?! - Me olhou desconfiada.


- É sério. - Afirmei. - Vegeta é muito chato. Jamais me interessaria por ele. Que bobagem!Hehe!


-Desde quando? – Perguntou não entendo onde eu queria chegar.


-Ah!Essa é uma longa história. Um dia de conto com mais calma. Na verdade, apesar dele ser um chato, eu o tenho como um irmão. Portanto, eu sempre achei que você não é mulher para ele. Por isso o motivo de toda minha hostilidade em relação a você. Mas depois de hoje, ver você falando dele com tanto amor, aliviou meu coração. Agora sei que tanto ele quanto você, se merecem. - Para completar a minha encenação eu apanhei com carinho as mãos dela:


- Cuide de Vegeta com carinho tá bom? Meu irmãozinho... Oh vegeta!Tão carente...


 Manoela me olhava com um ar de interrogação além do comum. Eu acho que surgiu dentro de si uma torrente de dúvida, suspeita e indignação. Mas eu não podia deixar que ela desenvolvesse uma desconfiança que eu poderia estar mentindo. Eu tinha que dizer algo a ela que pudesse fazê-la confiar em mim:


 - Sei que tivemos nossas diferenças em um passado distante. Coisa de criança!Mas eu não tenho tempo mais para essas coisas. Estou com uns problemas pessoais para resolver. Sabe meu ex, o Yamcha. Ele me traiu.


        Eu jamais diria isso normalmente. Meu orgulho não permitiria. Mas me expor para ela foi a carta por baixo da manga que eu precisava.


- Ah é!- Exclamou ela mais á vontade. - Ficamos sabendo. Foi um escândalo aqui no bairro.


    Como essa criatura é inconveniente. Segurei minha raiva e indignação além do meu limite. Como pode essa gente ficar tomando conta da minha vida?

Contive-me bem:


- Pois é. Isso é horrível não é mesmo? Portanto meus pais vão dar um churrasco nesse fim de semana lá em casa e eu chamei Yamcha. Estou pensando em reatarmos sabe... - Nesse momento eu consegui fazer brotar dos meus olhos uma lágrima que saiu deslizando no meu rosto devagar e poeticamente como em uma cena de drama.    Não foi difícil levando em conta a raiva que eu estava sentindo. -... Eu sinto muito falta dele. Oh!Tenho tantas esperanças.


      Manoella caiu na minha armadilha. Meu plano já estava armado:

- Ah!O Churrasco. Eu vou ao churrasco, sabia?Se quiser posso te dar uma ajudinha com seu ex.

  Ela já estava confiando em mim.


- Não se preocupe Manoella. Já está tudo certo. Ele já sabe que preciso conversar com ele. Obrigada. Bem, eu preciso ir que ainda tenho que trabalhar. – Despedi-me louca para sair dali. - A gente se vê no churrasco.


  - Ok. Boa sorte com seu ex. Mande um beijo na boca do meu gostoso Vegeta. Hihi. – Deu uma risadinha saliente.


          Vulgar! Típico... Sempre uma imbecil. Retribui com um sorriso e acenei com um tchau atravessando a rua. Quando virei à esquina poder se ia notar uma sombra de maldade em minha feição. Não há tempo para apelar para a minha consciência Meu plano está traçado. Não haveria tempo para remorso mais tarde. Eu estava agindo de acordo com a situação. Entenda diário que não posso me dar ao luxo de ser boazinha agora.   A Manoella não merece. E eu? Mereço o meu Vegeta.


O Começo de uma noite diferente.


             


                  No relógio estavam faltando trinta minutos para as 22 horas. Eu havia me preparado para esperar Vegeta. Senti-me uma adolescente no primeiro encontro. Sim. É verdade diário - Senti-me rumo ao um encontro. A sacada estava aberta. O vento frio soprava levemente as cortinas. Meu quarto estava aquecido de ansiedade e esperança. Sentei-me na minha poltrona. Estava vestida com uma calça jeans e uma camiseta vermelha e meias. Sei que é simples, mas não queria planejar uma grande coisa. E se minha expectativa fosse frustrada?
          Para o tempo passar rápido coloquei uma música e tentei relaxar. Então eu não sei o que aconteceu que eu cochilei. De repente acordei com um barulho vindo da sacada. No relógio 22 horas e meia. Nada pontual o sayajin, não é mesmo? Mas eu não me importei. Ouvi um barulho de sacolas e achei estranho:


-Vegeta?É você?


-Sim, Sou eu. Quem mais poderia ser?Por acaso esperava mais alguém?

- Mas é claro que não Vegeta! Não seja estúpido. - Respondi irritada e pensando que talvez ele tivesse querendo era brigar comigo.

   Olhei as mãos dele e ele segurava umas duas sacolas de compras: Uma em cada braço. O que me deixou mais surpresa era o modo como ele estava vestido: Incrivelmente lindo e impecável. Eu estremeci quando o vi.


 Ele me olhou estranho. Estava com o rosto corado. Certamente percebeu que eu não estava entendendo nada!


-Me desculpe... Éh... bem...  – Disse engolindo seco. Eu só confirmei que Vegeta pedir desculpas é algo muito difícil para ele. Mas não era só isso que o estava deixando sem jeito. Quando vi ele tirar das sacolas uma garrafa de champanhe Surrender, um par de taças, uma caixa de morangos e um ramalhete de flores eu percebi que ele estava tentando ser romântico. Sorri ansiosa esperando que ele falasse algo.

          

- Bem. É. – Tentou dizer alguma coisa - Eu vou pegar... Espere um momento.

           Assim ele saiu do meu quarto pela porta e depois de alguns segundos ele voltou com o balde cheio de gelo do barzinho da mamãe. Vegeta estava vermelho. Mal conseguia me olhar nos olhos. Pegou o ramalhete de flores, que percebi serem do jardim aqui de casa e entregou para mim completamente sem jeito:


-Tome! São para você. - Disse imperativo.


 Eu fingi que não sabia de onde vinham:


- Que lindas Vegeta. Obrigada. - Disse cheirando-as emocionada. Ele continuou:


- Bem, vou deixar essa bebida aqui no gelo e essas frutas ali... Depois se você estiver interessada em beber comigo... –Sorriu para mim com as bochechas vermelhas.


- Oh vegeta! Claro que sim!  Mas por que não agora? Que conversar primeiro?- Perguntei.


- Não. Vista um agasalho. Vamos voar pela cidade.


- Vamos sair? Espera-me eu trocar de roupa Vegeta? Você está tão bonito e eu...

- Não precisa! Você está linda... É... Quero dizer que está bom assim.Não complique Bulma. Vamos!


     Sorri para ele e disse:


-Eu sei... Vou calçar meu tênis e vestir meu casaco.


             Assim que saí do closed, Vegeta estendeu sua mão para mim. Quando a dei ele me puxou para si bruscamente, me olhou alguns segundos nos olhos. Agora seus braços estavam em volta da minha cintura. Depois  colocou-me em seu colo e saiu comigo rumo ao céus.



         Eu me senti tão feliz. Ou melhor, eu estou me sentido feliz com tudo o que aconteceu ontem á noite. Por kami-sama!Queria que tudo isso durasse para sempre.


           Enquanto ele me segurava firmemente no colo, eu via as luzes da cidade maravilhada e pensava no momento presente. Pensava o quanto aquilo realmente deveria durar para sempre.

Então me lembrei do pequeno trecho de uma canção “Momentos queimam, queimam lentamente em noites douradas”. E isso é verdade. Portanto resolvi aproveitar todos os segundos sem medo e faria Vegeta fazer o mesmo. A noite estava apenas começando...



    Continua...