quinta-feira, 30 de abril de 2015

O Diário de Bulma: O Diário de Bulma Capítulo 38 A noiva do General...

O Diário de Bulma: O Diário de Bulma Capítulo 38 A noiva do General...: O Diário de Bulma Capítulo 38 A noiva do General Ares e o Dr. Kilmer         D iário, enquanto eu olhava a aeronave a minha f...

O Diário de Bulma Capítulo 38 A noiva do General Ares e o Dr. Kilmer

O Diário de Bulma
Capítulo 38


A noiva do General Ares e o Dr. Kilmer

        Diário, enquanto eu olhava a aeronave a minha frente, tentando manter o pensamento positivo de que tudo ia dar certo, eu senti alguém se aproximando por trás de mim. Pensei que era Vegeta, mas quando me virei vi uma silhueta nas sombras e antes mesmo que eu pudesse ter alguma reação, senti um raio paralisante percorrer todo meu corpo e desmaiei.
           Eu me lembro de ter acordado em um quarto muito luxuoso, grande, com tapetes felpudos, poltronas enormes e um closet que caberia o triplo das minhas roupas – e olha que eu tenho muitas roupas – O banheiro era maravilhoso: no lugar de uma parede de concreto havia uma grande parede de vidro a qual me dava a vista para um jardim espetacularmente ornamentado! Com certeza mamãe ficaria vislumbrada!
           Bem, a minha situação estava pior, pois com o passar das horas eu havia perdido completamente a memória. Eu já não sabia quem eu era e de onde eu vinha. Havia me esquecido de Vegeta e de toda minha vida... Oh! Foi horrível. Você não imagina o quanto é terrível se esquecer de quem é.
           Apesar de minha situação mental estar péssima eu estava sendo tratada com muito conforto e regalias.
             Distraída em minha confusão mental, levei o maior susto e me dei conta que estava sendo observada enquanto dormia. O homem que me observava era o cara negro e alto quem Vegeta havia falado.
PS: Ele só se esqueceu de mencionar o quanto ele era bonitão...HIHIHI!!!  (^. ^)



- Bom dia minha princesa. – Ele sorriu abrindo a cortina rosa chá da imensa janela do quarto. – Espero que tenha descansado o bastante.
      
           Eu me levantei bruscamente confusa e assustada. Como eu já disse, eu não sabia mais de nada:
  - Quem é você? - Perguntei notando que estava usando uma camisola de cor vermelha e de seda. 
  - Onde estou?

           O rapaz se aproximou de mim devagar com um sorriso lindo e brilhante. Notei que ele era um homem elegante e galanteador, mas isso não era motivo para que eu não sentisse medo, não é verdade? Portanto fui logo me afastando para o canto da parede. Com certeza ele poderia se aproveitar de uma Srta. linda e sem memória como eu.

- Querida Kista, vejo que realmente está sem memória. Não se lembra de mim?


          Perguntou-me com a voz suave e calma, mas em um tom de lamento e o olhar triste.

.- Quem? Kista? Esse é o meu nome? - Coloquei a mão na testa confusa.   
- Não me lembro de você.

       O belo homem foi se aproximando cada vez mais de mim com suas mãos se movendo na intenção de me tocar:


- Sim, meu amor. Bem, acho melhor eu me explicar. – Ele reparou que eu estava nervosa com aquela situação: 
 - Não fique com medo, não vou lhe fazer mal. Sente-se que logo a criada vai trazer seu café da manhã. - Segurou gentilmente minhas mãos e me mostrou uma poltrona rosa bem aconchegante, onde eu me sentei meio atrapalhada e desconfiada. 



            Ele sorriu de um jeito carinhoso e compreensivo e disse com aquela voz de veludo:
-Bem, eu sou o General Ares, seu noivo. Ontem estávamos em um jantar de gala que seu pai, o Dr. Kilmer realizou em homenagem ao nosso casamento o qual seria amanhã.

          Não preciso dizer que aquilo caiu como uma bomba na minha cabeça:

- O QUÊEEEEEEEEEEEEEE? CASAMENTO?! - Fiquei paralisada. 
  Ele continuou:
- Sim! Estávamos nós dois tão felizes no jantar recebendo os convidados e então aconteceu que você tropeçou no tapete principal do salão e bateu forte com a cabeça.

      Ares suspirou fundo, levantou-se da beirada da cama onde estava sentado, caminhou até mim, se ajoelhou na minha frente, afagou  as minhas mãos e disse:
- Você ficou inconsciente e acordou somente agora sem se lembrar de nada. Mas eu não estou surpreso, pois o médico havia dito que seria desse jeito. 
 Lamentou quase lacrimejando e olhando-me nos olhos e depois baixando a cabeça tristonho:
- Kista, se não quiser casar-se mais comigo, eu entenderei. Acima de tudo, eu terei paciência  de esperar você se lembrar de nós. Nossa história de amor não pode ser esquecida.

        Ai meu diário! Será que você pode imaginar como me senti? Eu realmente não tinha muita escolha no momento a não ser ficar mais confusa ainda, mas dentro de mim algo insistia para não aceitar essa situação estranha, então eu me levantei bruscamente pra longe dele e disse:


- Espera um momento. Como posso ter certeza que isso tudo ai que você está me dizendo é verdade? Não acha que eu deveria estar pelo menos sentindo alguma coisa?


- Por que ? você não está - Perguntou ele franzindo a testa.

-Eu... Eu não sei... – Olhei para ele reparando o quanto ele era bonito naquele uniforme militar exótico e bem alinhado em seu corpo forte, esguio e bem formado.



-Já que tem as suas dúvidas, o que eu compreendo perfeitamente, acredito que você precise de provas. Vou buscar as fotos do jantar. Com certeza isso poderá lhe ajudar minha querida.
      Ele se aproximou de mim mais uma vez e me beijou na testa de uma forma bem sedutora e respeitosa Eu fiquei assustada, arregalei os olhos observando o rosto dele perto do meu e eu fiquei completamente sem reação. 

          Ares saiu da minha frente colocando os braços para trás, gesto típico de um militar. Na imensa porta de madeira pintada de branco deu de encontro com uma criada, uma garota ruiva e delicada. Essa por sua vez entrou com um sorriso imenso dizendo em voz alta:

-Bom dia Srta. Kista! É realmente um belo dia lá fora. Isso me lembra da minha infância, quando eu e meu irmão costumávamos explorar os lugares em um dia como esse... - Suspirou olhando para a janela. – Bem, espero que esteja melhor essa manhã. Eu sou a sua criada e dama de compañia. Somos muito amigas e confidentes. É uma pena não se lembrar de mim.

Soltei um “éhhh” sem graça. Ela deixou a bandeja com umas guloseimas esquisitas e se dirigiu até o closet:

- O que quer vestir hoje Srta. Kista?
- Vestir? - Perguntei nem um pouco interessada nisso. Mas é claro. Eu ainda não estava confortável com aquilo.


- Sim! – Ela saiu do closet, segurando um vestido verde e comprido e de repente deu uma pirueta de Felicidade: - Maravilhoso!  Que tal esse vestido? Acho que o chanceler iria amar.


.- Suspirou fundo aquela garota  parecendo viver mais no mundo da lua do que eu que estava desmemoriada.
- Esse vestido é lindo, mas eu não teria ai algo mais confortável como uma calça jeans e uma camiseta?



Ela soltou uma gargalhada longa e estridente:
- hohohoohohohohohoohoohohohohohoohohohohohohohohhohoh! – Colocou a mão direita cobrindo os lábios. -  OH Srta. Kista, mulheres não usam calça. Que horror!Seria um escândalo.
- Hein ? Mas como não? Eu... Eu... – Na verdade, mesmo sem memória eu achei aquilo ridículo. O meu instinto de mulher sofisticada e moderna falava mais alto.
- Vamos vestir este vestido ? Será melhor assim.
 Então ela começou a me vestir como se eu fosse uma boneca. Aquilo foi me deixando muito incomodada. 
       Aproveitando a ocasião daquela moça que me parecia muito aberta e disposta a falar pelos cotovelos, decidi investigar um pouco mais aquela situação:

 - Me desculpe, mas qual é o seu nome ?
- Meu nome é Roxy. Meus pais me deram esse nome em homenagem ao um pássaro em extinção – disse sorrindo com ar de orgulho.
- Sim, Roxy.  Ehhh ... Que interessante. Bem, escuta Roxy. Quanto tempo sou noiva de Ares?

 - Dois anos Srta.Um noivado muito lindo por sinal, realizado entre as duas luas de diamante que aparecem no céu de três em três anos. Foi uma linda festa, dizem , mas eu não estava presente... . É de causar inveja a qualquer solteirona como eu, viu ? Aqui não tem muitos homens e fica difícil, sabe?

- É mesmo? - Sorri sem graça, mas ponderada.

- É bom você lembrar que esse planeta em que estamos foi um presente dele pra você de casamento. Ontem vieram muitos convidados de outros planetas da galáxia Exemplar para o jantar, mas depois do acidente, todos partiram, pois o casamento foi adiado e...
  Antes que ela continuasse eu a interrompi, pois percebi que aquela garota adorava falar e falar:

 - Escuta, Roxy.

- Sim madame?

- De onde somos?

- Somos do planeta Vitoriano. Amanhã voltaremos para casa.Tenho fé que voltando para lá a Srta. recuperará a memória e se casará com o General Ares e serão muito felizes!



- Mas ele é General. Mas que interessante hein? Eu disse vislumbrando por alguns instantes um futuro sem fundamento, mas sou muito esperta e logo voltei a minha seriedade, pois se vê que a minha situação era muito séria.- Entendo. – senti um aperto estranho no meu lindo coração. – E me diga. Como vivemos nesse planeta?



 - Bem... A Srta. é filha do Dr. Kilmer. Ele é um cientista renomado e famoso. O general  Ares é estrategista de guerra, o braço direito do rei. Trabalha com seu pai na pesquisa de armas bélicas. 

- Mas que interessante. – Estava quase me conformando com aquilo tudo, porque a palavra cientista me fez lembrar  de certa forma de papai, de todos nós e da minha vida . – Quer dizer que somos uma espécie de nobreza ?

- Exatamente Srta. Kista !-  Ela me olhou com gosto. – Está linda!

- Obrigada. – Agradeci sem saber ao certo o que dizer.

       Nesse momento, Ares entra no quarto e seus olhos refletem uma espécie de brilho no olhar...              Sem mais delongas, Ares me mostrou as fotos do jantar. Não tinha mais como ficar na dúvida. 
Eu estava em todas as fotos ao lado dele e de outras  pessoas que nunca vi.
Então eu observei:

 -  Mas que vestido cafona é esse que estou usando? - Entenda diário, era realmente um vestido muito cafona.

- Kista!Não seja rude. Foi um presente. - Disse ares parecendo querer rir, mas se controlando para não fazê-lo.

            Eu tenho muito bom gosto e pelo menos disso eu não me esqueci, então eu afirmei séria: 
 - Mas isso não quer dizer que não seja cafona, não é mesmo? Que horror!Que vestido tampado e a cor é tão roxa... Como pude ter coragem de usar algo assim? Sinto que sou uma mulher muito refinada. Eu jamais usaria algo assim.


          Ares deu uma tossidela seca e notei que ele ficou vermelho. Então foi logo se justificando:

- Seu pai lhe deu Kista e você simplesmente não quis ferir  seus sentimentos. - Coçou a cabeça sem graça e sorrindo um pouco, tentou se conter.

- Hum... Compreendi. – Eu disse passando as fotos uma por uma até chegar uma em especial:


- AHHHH! MAS QUEM É ESSE CARA BAIXINHO COM ESSA CABEÇA ENORME QUE ESTÁ ME ABRAÇANDO ?


 - Querida, esse é o seu pai. Seja discreta, por favor. 

        Então foi então que percebi que Ares estava vermelho tentando segurar a boca que insistia em se expressar em uma gargalhada. Achei estranho e observei  de uma forma interrogativa aquele belo rosto contorcido pela vontade de rir . Notando que eu estava percebendo o seu esforço para não rir, ele se controlou de uma forma tortuosa e conseguiu tomar um ar sério de uma cartola invisível, como se fosse uma mágica.Sem entender, eu continuei a questionar as fotos que já começavam a soarem  duvidosas:

-Fique sabendo que sou muito discreta, pois sou uma dama. Não gosto que fale nesse tom meio de deboche comigo. Está bem? Além do mais ele tem uma cabeça muito grande. Não tem como ser discreta vendo algo assim... - Suspirei. - Ainda bem que não herdei as características hereditárias dele, não é verdade?

Foi então que Ares não aguentou e soltou uma gargalhada tão forte e cheia de vontade reprimida:

- Hahahhaahhahahahahahhahhahahahahhahahahahahaahhahahahaahhahahahahahahaah!


          Depois essa gargalhada foi contida por uma tossidela seca de uma forma muito polida e elegante. E ele disse com os olhos lacrimejando: 
- É por isso que você é minha noiva. Esse senso de humor é único, minha querida.

 Continuei com as perguntas:
- Hei, estou falando sério, tá bom? Responda Ares. Por que papai tem a cabeça tão grande e como seu corpo sustenta o peso dela ?

- Seu pai tem o crânio grande ...Ha há...para comportar seu grande hahahah... Cérebro. 
Tossiu mais uma vez: - Ele é um grande gênio. – Conteve-se e recuperou a seriedade e continuou: 
- Para não dizer o maior do universo. Quando ele era criança seu cérebro crescia à medida que ele ia adquirindo conhecimento. Na adolescência ela tombava sempre para trás levando seu corpo para o chão.
   Mais uma vez tentou segurar outro riso.

- Hihihihihih! - Acabei rindo daquilo e de repente começamos a gargalhar juntos – Rimos  daquilo impiedosamente. De repente, Ares parou e disse com certa advertência:
- Kista, vamos parar de rir do seu pai.

- Hum... Você é quem começou com isso!- Eu disse indignada com o comportamento daquele quem dizia ser meu noivo.

             Entenda diário, que eu não sentia nada em ralação a isso.Com razão  essa história toda era algo muito distante da minha realidade.


 Ares continuou :
 - Com o tempo, o Dr. Kilmer, desenvolveu uma armadura para seus ossos.Um complexo que permitiu seu corpo a sustentar o peso da cabeça.

Fiquei pensativa por alguns segundos analisando a história, depois finalmente eu disse:


- Ele é realmente um gênio! – Comentei. – Agora no que diz respeito à minha memória, não tenho muito o que discutir  vendo essas fotos.- Comentei tentado me convencer, mas a minha intuição insistia em me alertar  que havia algo errado.


        Roxy voltou ao quarto dizendo que “meu pai” nos aguardava. Eu já estava ficando nervosa com aquilo tudo e ficando mal humorada.

Ares perguntou:
- Não vai tomar seu café da manhã Kista ?Você precisa se fortalecer querida! E depois precisa descansar.

- Estou sem apetite!Como acha que posso sentir fome nessa situação?- Respondi ríspida.

- Não precisa ficar de mau humor Kista. Vai dar tudo certo. Venha, vamos até seu pai. - Disse calmo,  puxando a minha mão direita  e me guiando rapidamente até a porta . Eu  sai tropeçando pelo tapete, quase caindo com a pressa repentina dele:
- Querida, cuidado com os tapetes. – Ele disse gargalhando discretamente.

      Pensei que esse  Ares tem um senso de humor muito extravagante e que esse humor me incomodava.  
      No mais diário, lá fui eu conhecer o meu suposto pai. Os acontecimentos seguintes formariam uma aventura particular minha e de Vegeta e isso definiu em suma importância os nossos sentimentos, mudando a nossa forma de pensar sobre a importância que temos na vida um do outro.
         Mas o que me deixa decepcionada comigo mesma é que mesmo com toda essa experiência, eu fiz o que fiz com Vegeta. Deixei-o ir...
Saudades do meu sayajin.

Continua...