CAPÍTULO 32 Vegeta e Bulma - Vegeta

O Diário de Bulma

CAPÍTULO

32

Vegeta e Bulma

Vegeta

 

 

            Vegeta acordou calmamente, sentou-se e espreguiçando devagar, alongou os braços bem torneados para cima.

           Por algum tempo, ele contemplou ardentemente aquele belo corpo de mulher repousado ao seu lado. Se um de nós pudesse testemunhar, descreveria o sorriso dele como discreto, de certa forma, bobo e com ar apaixonado.

               Pensou em acordá-la, fazer amor com ela, mas estava faminto e no caso também pensou que poderia acordá-la para que ela cozinhasse para ele - Hunf!– resmungou baixinho o sayajin faminto ao pensar na personalidade daquela garota.Então Vegeta se esqueceu de seu egoísmo e a deixou dormir,e além do mais, ela ia brigar com ele  se ele a acordasse...Será que nessas condições atuais ela brigaria?

                Já na cozinha, Vegeta preparou uma quantidade satisfatória (para um ser humano comum) de ramen instantâneo, mas não foi o suficiente para matar a sua fome de sayajin. Ele havia abastecido a nave com suprimentos para o “sequestro” de Bulma, sendo assim, poderia preparar mais comida se quisesse, só faltava vontade. “Melhor esperar Bulma acordar.”- Decidiu.  

           

             Se sentindo entediado e tentado entender o como ela dormia tanto, Vegeta pensava em treinar, mas não era uma boa ideia com Bulma na nave. Seria perigoso, poderia acontecer algum acidente. No entanto o príncipe dos sayajins decidiu abrir uma garrafa de vinho. Subiu para a parte de cima da nave, sentou-se na poltrona perto dos controles e se deliciou com aquele vinho tinto... E ele bebeu com vontade até certo tempo, quando percebeu que já estava auto o suficiente, parou.

                Vegeta nunca gostou muito de beber. Bebia socialmente, já que uma vez antissocial, pode-se dizer que raramente entornava umas. Na verdade ele possui certa repulsa de tudo aquilo que possa mexer com sua mente, com seu sentido de realidade, tudo aquilo que poderia prejudicar o seu corpo, seu templo precioso que carrega nas veias o sangue real dos sayajins. Não foi por acaso que ficou furioso por Bulma ter-lhe dado aquele chá pela manhã.

              Lembrou-se dela e se indagou seriamente o fato de estar perdendo seu tempo. Seu sangue gelou quando Goku veio à sua mente e a possibilidade de ele estar ficando cada vez mais forte o deixou ansioso.

          Ter conseguido se transformar em super sayajin não foi o suficiente para Vegeta. Ele tinha que ultrapassar esse poder. Não existem limites para os poderes de um sayajin, ainda mais sendo um de classe alta. Lembrou-se de sua luta com Goku e cerrou um dos pulsos fortemente em um gesto mudo, abafado e doloroso causado por seu orgulho. Ele lutaria com Goku novamente, teria a chance de vencê-lo. Primeiro derrotaria esses androides malditos e depois acertaria as contas com Kakaroto. Antes que pudesse completar esse pensamento Bulma veio à sua mente e ele se convenceu de que ficar pensando essas coisas à uma hora daquelas não era conveniente, mas isso quer dizer que ele não pensaria mais tarde.       
     O fato de não estar treinando não saia assim tão fácil de sua cabeça e então se lembrou de que havia registrado em um gravador a evolução de seu treinamento em relação ao nível da gravidade. Sentiu vontade de ouvir e procurou por aquele pequeno gravador e o achou em uma gaveta onde ele guardava alguns de seus pertences.  “Vamos ver o que temos aqui.” Pensou.

      Assim, voltou para a poltrona com mais uma garrafa de vinho e com seu gravador. “CLICK”, apertou o play...Nenhum som...Ele achou estranho,pois tinha certeza que havia gravado... “Mas que droga!” Irritou-se profundamente. Atrapalhado e contendo a sua  estupidez, se controlou , apertou o rec. e começou a gravar afim de se divertir com aquele aparelhinho:

  “1, 2, 3 gravando:” - Vegeta ergueu a taça de vinho para o nada, como se tivesse brindando algo. Continuou:

         “Não me admira muito Bulma ter ficado receosa de vir comigo, afinal de contas aquela garota é medrosa, ela só não tem medo de mim... Mas como  é atrevida em  me dá ordens, sinto vontade de pegá-la e coloca-la de bruços em meus joelhos e lhe dar umas palmadas bem dadas.AHHH Bulma, que droga!Essa compreensão dela absurda para comigo e aquele senso de autoridade destemido me deixa desarmado.Eu mesmo não acredito quando digo uma bobagem dessas .Minha vida ultimamente tem sido surreal .

            Acordei com ela falando alto e fui verificar o que era aquela barulheira irritante. Para não dizer que foi surpresa, ela estava falando com a mãe ... Aquela mulher louca que vive me perseguindo querendo me alimentar e me vestir como se eu fosse um bebê. ARGGG!Como isso me irrita!Não posso deixar de dizer que aquela mulher me deixa desconfortável quando se agarra ao meu braço e sai pelo jardim como se estivesse passeando comigo, dizendo aquelas asneiras inúteis. 

           "Ela me chama para sair, ir ao cinema, como se eu fosse aceitar algo tão absurdo e sem sentido. O pior de tudo que ela não para de falar um segundo e não consigo respondê-la. Sempre dou um jeito de sair de perto dela o mais rápido antes que eu possa matá-la... Já o pai de Bulma é mais na dele, não é tão inútil assim e não fica por ai me enchendo o saco... Ham, ham - pigarreou o sayajin - Como eu estava dizendo, ela falava com a mãe  pelo telão ,mas quando terminei de subir ela  havia desligado o comunicador.Fiquei ali a observando silenciosamente,e ela nem se quer notou a minha presença.Estava longe,em outro mundo.Afinal de contas, o que diabos ela estava pensando? Ficou um tempo ali olhando para o nada com cara de interrogação.Sua expressão mudava de acordo com que ela pensava.Uma hora ficou tensa...Aff !!!!Achei melhor voltar e fingi que estava dormindo, até que emfim ela veio até mim e se deitou comigo..."

                 " Hummm... Tão cheirosa... E como é gostosa. Dei uma apertada nela e puxei seu corpo para junto do meu... Dormi profundamente e agora estou aqui, agindo como um imbecil, gravando essas bobagens nessa merda de gravador inútil.

ARGGGGG!Bulma, mas você como você dorme... Será que não vai acordar nunca? Aquele cérebro pulsante dela deve precisar de muito descanso... Por falar nisso, gosto da genialidade  dessa mulher, da  inteligência dela, das coisas que ele cria.Acho sexy como ela trabalha com seu macacão ,adoro vê-la  mexendo em suas ferramentas e construindo coisas.Adoro quando ela tem uma ideia e exclama o quanto é um gênio.Às vezes a vejo estudando tão  seriamente e concentrada que ela nem nota a minha presença.( Como tenho andado tão idiota...)

               Percebi o quanto ela é bagunceira e muitas vezes desorganizada, deixando coisas espalhadas pelo seu quarto... E ainda diz que é uma dama... Hahahhahahhahahhahaahhaha!Como é boba!

             Sei que um dia vou me arrepender de estar fazendo isso, eu sinto.Tenho deixado meu treinamento um pouco  de lado por conta dessa coisa toda.Quando penso que estou desperdiçando a  oportunidade de estar ultrapassando o nível de kakaroto,fico arrependido,mas não consigo me reequilibrar..AFF!!

             Bem, já chega de ficar dizendo todas essa besteiras. Vou desligar essa droga de gravador que isso já está ficando esquisito. Estou me sentido como aqueles vermes, amigos dela. Sou superior a eles, sou o príncipe Vegeta o maior guerreiro de minha raça e estou vulgarmente bêbado...”

           

             Vegeta desligou o gravador e o escondeu em um lugar seguro. Olhando o grande espaço pela pequena janela redonda da nave, sentiu no peito uma forte nostalgia. Lembrou-se de suas batalhas, das suas lutas. Era seu sangue de guerreiro falando por si, circulando ferozmente pelo seu corpo. Era a sua natureza o chamando de volta ás suas metas.

            Ele estava feliz com Bulma e queria realmente ficar com ela, mas novamente ele começava a se dividir.

 Bulma acabara de acordar e com os passos fortes foi até ele. Imediatamente aquele sentimento frustrante se foi quando ele a viu se aproximar e sentar-se no em seu colo. Ela encostou a cabeça em seu peito. Já ele a aconchegou mais confortável em suas pernas a segurando pela cintura. Ela finalmente disse com a voz meio abafada, como se tivesse sentindo o que ele sentia:

- Vegeta estou me sentindo culpada como também preocupada. Você não tem treinado nada esses dias.

Ele se surpreendeu com aquela sintonia de sentimentos, mas não demonstrou sequer um pouco de surpresa. Manteve-se firme, com o olhar fixo para a cabeça dela, mas não disse nada. Apenas a sentiu com vontade e por um momento surgiu certo temor de que um dia ele poderia machucar os sentimentos dela. No fundo Vegeta sabia que em alguma hora ele teria que fazer algum tipo de escolha... Esse pensamento o torturava. Não queria mais pensar nisso.

   

CONTINUA...