quarta-feira, 8 de maio de 2013

Comentários

Pessoal, senão for pedir muito, peço que deixem comentários. Preciso deles para saber o que estão achando. Isso é muito importante.. Desculpem-me por demorar a postar mais capítulos, mas eu não tenho muito tempo,agora estou tentando ir mais rápido. Portanto peço a colaboração de vocês e agradeceria muito.
Obrigada
 

Capítulo 35 Oolong - Recomeço Esperado - O Planeta Paraíso


Diário de Bulma

Capítulo 35

Oolong


Recomeço esperado


       Ah!Sra.Briefs... É incontestável que ela seja uma excelente anfitriã, mas isso não a impediu de se colocar em certa confusão a qual Bulma tanto a alertou. Veremos isso mais tarde. Por enquanto, ela utilizava suas habilidades de anfitriã com a doce e  tímida Lince e Oolong a quem tanto gosta.

       Na imensa sacada da Corporação Capsula, encontrava-se uma mesa farta com um exagero de doces, pães, sucos e chás, sem contar com as variedades de tortas e pudins. À mesa estavam os três sentados conversando: Oolong tomava um suco de laranja natural e comia um sanduíche de mussarela, pois presunto era contra seus princípios.

      Lince estava pensativa, tomando um chá e ouvindo e não ouvindo a Sra. Briefs.O porquinho vendo-a distante, pergunta:


-Lince, você está pensando no pai do seu bebê?

      Ela o olhou espantada, reparando a certa indiscrição dele:

- Na verdade estava pensando quando Bulma irá voltar.

     A Sra. Briefs disse encorajando a moça:

-Não se preocupe Lincesinha. Bulma não deve demorar a voltar. Com certeza ela deve entrar em contato comigo mais tarde e perguntarei a ela. No mais, querida, se divirta. Tenho muitos lugares bonitos e interessantes para te mostrar e lugares esses frequentados por lindos rapazes, fortes , sensuais e...

        Oolong  interrompeu o devaneio dela:

-Eu não consigo entender essa louca relação entre a Bulma e o Vegeta. Eu bem desconfiava que estivesse rolando algo entre eles. Como Bulma pode ficar com um homem ruim, cruel, assassino e...

       A Sra. Briefs, percebendo que Oolong estava se excedendo nos adjetivos e percebendo os olhos de Lince cada vez mais arregalados, tratou logo de intervir:


-Ora Oolong!Deixe de bobagens querido. O que está dizendo não tem sentido. Vegeta é tão bom e bonito.  – Disse ela abrindo suas pálpebras que são quase fechadas  para colocar um olhar significativo em cima do porco falador.

     Percebendo, Oolong mudou de assunto, mas diga-se que esse novo assunto não se saiu menos inconveniente como o de antes:

- Ei Lince, casa-se comigo.Eu cuido do seu bebê como se fosse meu.Daí compro uma casa bem luxuosa para morarmos, construo até uma academia para você voltar à forma depois que tiver a bebêzinha .Agora que vou  terminar meu curso ,vou ter a possibilidade de ganhar muita grana.

    Lince sorriu sem graça:

- Você é muito gentil Oolong, mas eu não estou preparada para ter outra relação agora. E além de tudo, vou cuidar da minha menina sozinha. Eu me decidi.


      Ela baixou a cabeça com ar tristonho. Estava se lembrando de Dermon. A Sra. Briefs tentando animá-la, sugeriu um passeio ao um dos shoppings da Capital, onde tem muitas lojas de roupas e acessórios para bebês.

Naquele momento o celular do porquinho toca, ele pede licença e vai para um lugar mais reservado  atender:




- Alô ? 

-Alô!Oolong ?Aqui é o mestre Tofu.

-Mestre! Estava esperando a sua ligação. Estou muito ansioso para terminar meu curso de transformação.


         O mestre Tofu foi um dos professores de Oolong na academia no jardim- de- infância. Sabe-se bem que o porquinho é um antropomórfico  e pode mudar a sua forma, mas ele foi expulso da academia por usar suas habilidades para fins egoístas, fúteis e extramente pessoais, como roubar a calcinha de sua professora, um dos motivos de sua expulsão. Agora ele quer completar esse curso custe o que custar, pois desde a época, ele não consegue manter sua transformação por mais de 5 minutos.

       Tofu conversou com Oolong e fez com que ele prometesse não mais usar sua transformação para a perversidade e em troca,  lhe ensinaria a manter mais tempo a sua transformação. Não pensem que o porquinho voltará para a academia. Esse curso será particular e o mestre lhe ensinará somente isso, pois por mais que Oolong chorou e implorou para que ele continuasse seus estudos, o mestre Tofu concordou apenas em lhe ensinar o necessário. Nada mais, além disso.

- Oolong, vamos começar amanhã as aulas. Mas para isso preciso que fique um tempo em minha casa. Já estou velho e não tenho ouro lugar que possa te ensinar. Por isso terá que passar um tempo comigo e assim fico de olho em você , mas se você pisar na bola meu filho, eu paro o curso imediatamente. Estamos de acordo ?


       Oolong sorriu com malicia, pois é claro que ele estava tramando algo. Mas ele fingiu muito bem, pois mentir era fácil para ele:


- Mestre, por favor. Não me relembre do meu passado vergonhoso. Eu gostaria muito de resgatar a minha dignidade. Quero recomeçar a minha vida!Uma vida nova! Isso é tão reconfortante para mim.


-Eu entendo meu filho. –Disse o mestre penalizado com o apelo emocional de Oolong, mas ao mesmo tempo mantinha-se cuidadoso em relação ao porquinho,pois sua fama ,sabe-se bem, nunca foi a das melhores. -Por isso vamos começar rápido. Espero você aqui em casa para começarmos imediatamente. Mas não acredite que terei somente a sua palavra como crédito. Tenho um documento que você terá que assinar. Se por acaso desobedecer qualquer cláusula que esse documento contém, será preso de acordo com a lei e nunca mais poderá exercer sua habilidade.


      Oolong irritou-se, mas manteve-se no papel de arrependido. Ele realmente não contava com esse empecilho. Teria que pensar em algo para sumir com o documento. Oolong disse ao mestre com calma:


-Sim Mestre. Eu compreendo perfeitamente. Eu realmente não fui um bom garoto, né? Mas eu assino se é isso o que deseja.


-Sim, sim meu filho, você foi terrível. Meu advogado estará aqui e irá lhe orientar sobre qualquer dúvida que tiver.


-Seu advogado?!


-Exato. O nome dele é Mauricio, um rapaz muito bom.


        Quando Oolong ouviu sobre o advogado  ele se lembrou daquele nome. Seria o mesmo Maurício que estava saindo com Bulma ?Se caso fosse, isso seria conveniente, pois até onde ele sabe, Vegeta deu uma surra no Maurício, mas desconhece a razão, mas sabia que tinha a ver com Bulma.
      Oolong havia se encontrado com Maurício por acaso na rua dias depois do aniversário de Bulma. Ele estava todo enfaixado, com os braços quebrados e a perna direita fraturada. Uma enfermeira muito bonita o levava na cadeira de rodas até o seu veículo. O porquinho ficou entusiasmado com a beleza daquela moça e por alguns segundos pensou em como o  filho da mãe podia ter tanta sorte na vida por ter dinheiro ,beleza e uma enfermeira daquelas.  Ele então foi cumprimentá-lo:


-Ei Maurício!Quanto tempo! Por que está tão ferido?- Disse medindo o corpo escultural daquela profissional da saúde, mal olhando para Maurício, que por sua vez, não gostou nada de ter encontrado aquele porquinho amigo daquela mulher ingrata a quem ele tanto se esforçou para agradar e não receber nada em troca, ou melhor, ele recebeu foi uma grande surra e foi abandonado numa estrada deserta. Sorte que seu celular estava intacto e ele, com muito esforço, sozinho na escuridão, pôde ligar para a emergência.


- Você?! - Disse irritado. – O que quer seu maldito? Não vai me dizer que não sabe o que aconteceu?


      Oolong o olhou confuso e nesse momento reparou que a cara de Mauricio estava inchada, cheia de hematomas.Ele sabia que aquilo era uma obra de Vegeta, mas continuou se fazendo de bobo.


-Me desculpe, mas realmente eu não sei o que aconteceu. Não me vai dizer que entrou numa briga ou se acidentou? - Perguntou curioso, envolto à pensamentos debochados.


-Aquele homem chamado Vegeta me agrediu do nada. Aquele... Aquele... – Maurício não conseguia falar, pois se exaltou demais e seu rosto estava dolorido. Uma lágrima escorreu dos seus olhos verdes e ele começou a chorar como uma criança. Prontamente a enfermeira foi ao seu socorro:


- Senhor Maurício, fique calmo, por favor. - Ela tirou de seu bolso uma caixinha de comprimidos e lhe deu um. Oolong percebeu que era um calmante muito forte chamado Lexasan, usado como antidepressivo para pessoas que sofreram de grande trauma.


-Nossa!A coisa deve ter ficado feia mesmo. Você deve ter apanhado aos montes. Ainda bem que ele não te matou, não é verdade? Hehehe!


Devido ao comentário inconveniente e a risadinha maldosa no final da frase, Maurício gritou aos prantos:

- CALE-SE SEU IDIOTA E SAIA DA MINHA FRENTE. AI... AI... AI... AI... AI. - Gemia o advogado dolorido. A jovem moça olhou com olhar de desprezo para o porquinho reprovando a sua atitude sem senso. Assim, ela empurrou a cadeira de rodas seguindo em frente, deixando Oolong para trás.


      Enfim, nessa lembrança, agora tão preciosa, ele teve uma ideia e a guardou para si.

     Então, ele concordou com seu mestre e rapidamente arrumou suas coisas. Foi até Lince e à Sra. Briefs afim de se despedir:


-Lince, Sra. Briefs. Vou terminar um curso que comecei e estou indo viajar.


-Mas tão rápido Oolonguisinho? Você não vai mais passar um tempo conosco? Oh! É uma pena. Tinha tantos planos para o fim de semana. Agora são só nós três Lince: eu, você e meu marido.


     Oolong sorriu feliz. Ele também gostava muito da Sra. Briefs, pois ao contrário dos demais, ela sempre o tratou bem o tempo inteiro, mimando-o de uma forma que ele sempre gostou, lhe dando tudo nas mãos a qualquer hora que ele precisasse. Ambos até adquiriram uma forma peculiar de se tratarem algumas vezes com carinho. Como por exemplo, ele a chamando-a de mãesinha:


- Não se preocupe mãesinha. Eu vou voltar para a senhora. Não vai demorar, são somente alguns dias.E Lince ... - Virou-se para a moça. – Aquele lance de ficarmos juntos, não ia dar certo mesmo. Eu sou um cara muito livre, tenho as minhas ambições. Um beijo pra você gatinha. Vejo você por ai. – Piscou e saiu eufórico até a saída.


          Lince, por sua vez, achou tudo muito esquisito naquela casa, mas não disse nada, pois se sentia bem ali.



O Planeta Paraíso


            Era exatamente meio - dia  quando eu e Vegeta acordamos com o alarme da nave nos avisando da nossa chegada. Vegeta estava com a cara amassada e claramente de ressaca. Sem ao menos temos tempo para nos preparar para o dia, fomos imediatamente para nossas poltronas perto do painel de controle e colocamos nossos cintos de segurança para a aterrissagem.


-Está preparada Bulma? Agora você vai ver o planeta de que tanto te falei e vai entender a minha empolgação.


            Engraçado, eu imaginei que Vegeta iria acordar de mau humor, mas me enganei. Olhei para ele e ele estava sorrindo de forma  ansiosa . Eu também estava ansiosa e feliz, não é mesmo? Mas é claro que e eu tinha que estar, pois não é todos os dias que Vegeta está disposto a dividir suas experiências  comigo.


           Sorri para ele retribuindo a gentileza de suas primeiras palavras do dia, que foram educadas e sem grosserias. Não disse nada, pois ainda estava sonolenta e com dor de cabeça.

         A aterrissagem foi meio turbulenta, mas rapidamente entramos na atmosfera daquele lugar  e por mais que eu pudesse imaginar que ali fosse bonito, foi surpresa ver que ele era ainda mais lindo do que imaginei... Bem diário, deixe-me descrever aquele planeta: as águas eram de um azul límpido e transparente, a areia quase branca, fina e macia. Pude senti-la confortavelmente com meus lindos pés quando os coloquei sobre ela. O planeta não é grande, para falar a verdade é bem pequeno, cercado de ilhas tropicais por toda a parte. Parecia formar uma gigantesca baía com uma vegetação exótica e exuberante, cheia de plantas estranhas, mas belas. Árvores enormes compunham a paisagem de uma forma única, nunca vista na terra. O céu de um azul quase que escuro cintilavam a constelação daquele paraíso mesmo ao dia. Fiquei imaginando como seria durante a noite. Eu estava ali  parada olhando o oceano, Vegeta estava atrás.Me virei para ele e percebi que ele  observava com atenção a minha reação perante aquela beleza toda.Esse Vegeta é cheio de surpresas.Percebi que ele estava tão satisfeito por me ver animada e empolgada.Ele estava com os braços cruzados ,sentado na rampa da nave.

   Bem, sendo eu uma mulher  muito inteligente e questionadora, uma dúvida me ocorreu, então, perguntei a Vegeta:


- Vegeta, não é estranho que esse planeta seja deserto? Ele é bonito demais para ninguém nunca ter o explorado ou viver aqui. Não acha?


   Ele se surpreendeu comas minha indagação:


-Não seja estúpida Bulma. Eu estive aqui tempo o suficiente para dar a volta por todo esse planeta e dias suficientes para perceber que ninguém vem ou vive aqui.


    Eu não entendi bem na hora, mas a resposta de Vegeta não me confortou. Mas eu deixei de lado. Senti que estranhamente minha dor de cabeça havia passado e a ressaca do meu corpo simplesmente desapareceu.
   A energia dali era incrível e eu só pensava em colocar um o biquíni desconjuntado que Vegeta colocou na bagagem.Para a minha surpresa ele havia colocado a parte de cima do biquine que eu estava usando no dia em brincamos juntos na piscina aqui de casa . Quanto à parte de baixo, nada a ver... Era de outro biquíni.  Me ocorreu que num planeta deserto como aquele  nós poderíamos nadar pelados, não é? Hihihihihiih! Comecei imaginar coisas que um casal apaixonado poderia fazer em um lugar isolado do mundo como aquele. Pensei cada coisa e me perdi nesses pensamentos mantendo um sorriso no rosto. De repente senti Vegeta do meu lado e me assustei de leve.

- Vamos ajeitar as coisas Bulma... Aff!  Estou faminto.

Vegeta, ao contrário de minutos atrás ,parecia disposto, sem aquele ar de ressaca. Então perguntei:

- Vegeta, você está bem? Quero dizer... Por acaso está de ressaca?


    Ele parecia saber que mais cedo ou mais tarde eu iria perceber essa nossa melhora física e sorriu do seu jeito discreto.


- Eu sei o que está pensando Bulma. Vou começar a responder que me sinto ótimo e que acho que o motivo repentino da nossa melhora física está no ar desse planeta ou em qualquer outro elemento dessa atmosfera.


            Fiquei surpresa e ainda mais encantada, então, disse a Vegeta que chamaria aquele nosso lugar de Planeta Paraíso. Ele soltou um “tanto faz” e foi entrando na nave para se arrumar e disposto a ajeitar as coisas  .Fiz o mesmo. 

         Achei uma graça Vegeta me ajudar a arrumar a bagunça. Guradei a nave na capsula hoi-poi  e abrimos a casa em uma clareira entre as árvores a uns centímetros consideravelmente seguro da praia. Ele vestiu uma bermuda preta e uma camiseta regata branca com a logo da Corporação. Eu coloquei o biquíni com uma saia jeans, deixando á mostra só a parte de cima do conjunto.

 Depois de tudo arrumadinho, sugeri a Vegeta:


-Vegeta, o que você quer comer ? Vou preparar uma coisa bem gostosa para nós!


 Achei estranha a reação de Vegeta:


-NÃO OUSE COZINHAR PARA MIM OUTRA VEZ! – Disse em alto tom, arregalando os olhos assustados para mim, depois ele pigarreou e continuou calmo: - Quero dizer...Não precisa se incomodar, vou caçar um bicho que comi aqui uma vez. Não sei o nome dele, mas é muito bom.Vamos assa-lo em uma fogueira e temperá-lo com ervas.


    Fiquei enojada com aquilo. Eu não ia comer um bicho estranho de jeito nenhum, mas quando percebi que Vegeta estava apenas querendo me agradar e me mostrar suas coisas de primata, da época em que ele viajava por ai no espaço, meu coração me conteve:

- Eeerr!Tá bom! Estou ansiosa para experimentar. - Sorri forçada e sem graça.

Ele meio que percebeu diário... Me olhou de soslaio e depois sorriu irônico:


- Fique aqui. Eu não demoro. Vou buscar a nossa comida. Mais tarde, iremos voar por ai. Não toque em nada que não conheça. – Me alertou e ganhou os céus do planeta. Fiquei o olhando até ele sumir da minha vista. Até parece uma garota super inteligente e cuidadosa como eu vai sair por ai mexendo em qualquer coisa que não conheça. Odeio quando ele me trata como uma criança.

    Entrei na casa e preparei um ramem instantâneo para mim, assim, eu poderia comer pouco desse bicho estranho sem exagero e disfarçar um pouco a ânsia de vômito que talvez eu pudesse sentir.

 Fiquei pensando em como ele estava incrível e amoroso e senti uma felicidade imensa.

Ah Vegeta! Eu te amooooooooooo!



 Continua...


sábado, 4 de maio de 2013

Capítulo 34 -Sentimentos de um sayajin orgulho.






O Diário de Bulma


Capítulo 34


Sentimentos de um sayajin orgulho.



          Bem, diário, posso dizer que estou descansada e vamos direto ao assunto: Vegeta estava fazendo pressão para que eu respondesse logo aquela pergunta que não insistia em se calar, pois do que eu me lembre, não era a primeira vez que ele tocava nesse ponto da questão.



- Como é que? Vai responder ou não? Saiba que se você não responder essa pergunta vou considerá-la como um sim.



- Por que acha que eu não responderia a essa pergunta ?


- Por que você insiste em perguntar quando não é a sua vez ?



        Vegeta já estava ficando irritante com aquilo, então, já que sou mais madura, resolvi responder logo aquela pergunta e acabar com isso de uma vez por todas:



- Escuta aqui Vegeta: eu nunca tive nada com o Goku. – Eu disse firme, impondo minha voz. - Para começar eu Tenho Goku como um grande amigo. E quer saber? Uma vez eu lamentei por não ter me casado com ele, pois ele tinha ficado muito bonito e interessante, mas foi por um breve momento. - suspirei fundo - E eu acho você maravilhoso Vegeta! Eu não trocaria você por nenhum outro Sayajin desse universo. Tá satisfeito?


Vegeta desviou o olhar encabulado. Ele apenas se levantou da cadeira e disse:



-Espere um minuto. Eu já volto.


         Bem, de certo ele deve ter ido ao banheiro, então eu aproveitei e peguei o copo de vinho do Vegeta e experimentei para tirar uma dúvida. Minha dedução foi digna de um gênio: não foi surpresa descobrir que Vegeta trocou seu vinho da garrafa por suco de uva. Então eu simplesmente troquei a minha garrafa pela dele. Ele voltou com seu sorriso irônico e sabe-se lá o que ele estava pensando, não é? Senti uma vontade de rir imensa! Segurei o riso e mantive-me firme.
Vegeta me subestima... Será que ele ainda não percebeu que sou muito esperta? Enfim diário, voltamos onde paramos:


- Bem Vegeta, manda outra ! - Disse o desafiando.


-Hunf! Está bem! – Encheu o  seu copo de “suco de uva” ,tomou uma boa golada com vontade. Foi ai que notei que ele percebeu que já não se tratava mais do mesmo. A minha vontade de rir havia voltado e tive que me controlar, pois por mais que ele tentasse disfarçar eu percebi em seu rosto uma leve expressão de surpresa e indignação. Sabe o que mais me irritou naquele momento ? O simples fato de que Vegeta realmente me subestimou.



-Por que diabos você quer tanto que eu beba essa droga de vinho ? - Perguntou meio irritado e indignado.


- Por acaso tá achando que eu coloquei alguma coisa ai Vegeta? Ou simplesmente acha que ele já não está tão doce desde o seu ultimo copo?- Sorri com ironia. - E você se esqueceu de que foi você quem tomou duas garrafas enquanto eu dormia? Se não queria beber, não precisava trazer essa quantidade toda de vinho.




- Hunf! É irritante a forma como responde a minha pergunta com mais perguntas. Vou te perguntar outra vez de uma jeito que você entenda: Por que você quer tanto que eu beba vinho?


- POR QUE EU GOSTO DE TE VER DIVERTIDO E RELAXADO. QUAL É O PROBLEMA NISSO? - Gritei com ele ,mas me contive. Suspirei fundo e continuei calmamente. - Além do mais se eu quisesse beber sozinha eu teria ficado em casa, trancada no quarto, bebendo uma garrafa de vodka pura! E quer saber vegeta?Vamos parar com esse jogo e vamos direto ao assunto. O que está acontecendo afinal ?Se quer conversar alguma coisa importante comigo, não se esconda atrás de um jogo de cartas! E se não quiser beber então não beba. Eu apenas queria me divertir com você. Você nem parece relaxado!


-Hahhhh! Mas eu estou relaxado! Você não faz ideia. Já que quer assim, vamos logo ao que interessa. Eu preciso realmente conversar com você.
          Vegeta se levantou, pegou a minha garrafa do vinho e meu copo e jogou o suco de uva de  fora. Se encostando ao pequeno armário, cruzou os braços. Seu semblante era sério:


- Já que quer que eu beba com você então vamos nessa! Vamos unir a fome com a vontade de comer. Quero ver se você aguenta a pressão. Depois não diga o que eu avisei e não fique dizendo asneiras na minha cabeça.


- Porque está sendo grosso novamente comigo Vegeta? Eu só não saio daqui agora simplesmente porque eu estou curiosa sobre o que se passa na sua cabeça.


-Eu sou assim Bulma! Será que é difícil para você entender que eu não vou mudar?-Disse firme de um modo que me incomodou.
-Isso nunca foi difícil para entender. Eu não estou querendo mudar você Vege...


   Ele me interrompeu bruscamente:


- Ora, mas deixe de bobagens Bulma! Então, vamos nos divertir e conversar sério ao mesmo tempo, já que é isso que você quer.


 Sentou-se outra vez à mesa de frente para mim. Estava sorrindo torto e me olhava desafiador. Encheu meu copo de vinho da garrafa que agora iríamos dividir:


-Então, responda a minha pergunta. - Pediu quase como um ultimato, tomou uma boa golada de vinho e me olhou tão profundamente que eu estremeci:


    Naquele momento ficamos em um breve silêncio. Foi minha vez de tomar uma forte golada do vinho. Vegeta percebendo a minha tensão tão aparente, não hesitou em perguntar de uma forma tão dura e séria e com um gesto que ao meu ver pareceu-me bem complexo ,mas bem peculiar de sua parte : simplesmente cerrou forte os punhos e os apoiou sobre a mesa:
- O que espera de mim Bulma?

Engoli seco com aquela pergunta. Eu não imaginava que ele me perguntaria algo assim, ainda mais numa hora daquelas! Fiquei em silêncio sem saber o que responder. Imediatamente me recompus:



-Eu não sei o que esperar de você Vegeta. Porque caso você ainda não tenha percebido, eu também fico confusa com sua forma de agir, mas ao mesmo tempo você é tão previsível que chego a me assustar com toda essa contradição. Pergunto-me como consegue ser previsível e imprevisível ao mesmo tempo.


Ele me fitou firmemente me analisando:


- Você tem medo mim Bulma? Sabe-se bem que é verdade que sou um assassino. Essa é a minha natureza. Eu não compartilho dessas bobagens sentimentais que vocês terráqueos tanto apreciam. É claro que isso deixa vocês mais fracos, prestes a serem esmagados como um inseto. E quer saber de uma coisa bem imbecil e irônica? É bem assim que me sinto agora, um inseto! Quer algo mais irônico e idiota ainda? Absurdamente eu gosto disso!
 Diário, eu deveria tomar isso como um elogio ou uma ofensa? Eu não sei bem. Só sei que me lembro de estar ficando um pouco mais embriagada.


Eu o olhei com carinho e dei um suspiro tão fundo que Vegeta fez uma cara estranha para mim, provavelmente achando aquilo esquisito, eu acho. Bem, então peguei as mãos dele e segurei-as fortemente entre as minhas e disse de todo coração:


-Eu sei por que está agindo assim Vegeta. Está inseguro por causa do treinamento, não é verdade? Como eu disse antes eu compreendo a sua posição de guerreiro. Se você quiser parar com isso tudo agora eu vou entender. Eu não vou implorar para que você fique comigo . Eu não quero ser a culpada por você não atingir seus objetivos. Com certeza eu morreria por dentro se algum dia você jogasse algo assim na minha cara.

     Vegeta percebendo a minha calma, pensou algo por alguns segundos,colocou a mão no queixo pensativo e disse:


- Eu só quero que você me responda algumas questões. Nada mais. Está com medo disso ?Digo, dessa nossa situação...Você entendeu.


        Ele mais uma vez olhou-me profundamente. Pareceu-me que Vegeta estava refletindo sobre algo antes de falar. Tomou maiss um forte gole de vinho.


Eu respondi:


-Não! Eu não tenho medo. - Tomei também um gole.


 Vegeta  sorriu e logo depois seu semblante ficou sério novamente. Fiquei confusa e finalmente ele começou a dizer:



- Estou curioso, Bulma. Você já pensou mais a respeito sobre o fato de que como será realmente quando eu destruir aquelas sucatas e depois derrotar Kakaroto ?Aquilo que você me disse antes que teme o fato de que "sabe-se lá o que eu faria se ficasse muito  poderoso",como você mesma disse ...Será que eu dominaria tudo ? Mataria a todos vocês? Mataria Kakaroto?Você acredita que eu faria isso?



- Na verdade, apesar de eu querer que você consiga satisfazer seu orgulho de sayajin, na maioria das vezes eu temo em pensar tal coisa.  - Respondi séria , refletindo sobre o assunto.





- É mesmo? Continue. – Pediu ele em um tom deliciosamente imperativo.


 - Porque também existe o lado cruel do seu orgulho o qual eu odeio descobrir. - Respondi rapidamente e ao mesmo tempo bem tranquila.



     Vegeta ficou imóvel, Parecia surpreso com a minha resposta.


De repente eu notei que ele estava ficando meio agitado, pois o vinho finalmente estava subindo direto em sua cabeça! Era a primeira vez ele me disse algo de uma forma apelativa e desesperada a qual nunca mais vou esquecer:


-Eu estou preocupado Bulma! Tenho que vencer esses androides. Compreenda de uma vez por todas que eu fui humilhado por Kakaroto, aquele insolente! Eu não posso deixar de recuperar a minha dignidade. Às vezes me pego pensando como seria se eu não conseguisse... Argh! Eu preciso disso Bulma, eu preciso vencer! Ser o melhor, e eu sei que sou. Tenho em mim o sangue puro da minha raça. Esse sangue fala por mim todos os dias, e uma das coisas que ele diz é para que eu não fique parado. Você consegue entender? Eu não vou mentir para você que me sinto ferver de euforia por dentro ao imaginar que posso recuperar muita coisa do que ficou para trás.


- Você não vai ficar de fora dessa Vegeta. Tenho certeza que vai mostrar o seu valor. - Falei convicta.  -Você tem todas as ferramentas em suas mãos. Basta saber usa-las, não é verdade? Quando voltarmos você vai treinar bastante. Vou te dar o seu espaço merecido e o que você precisar mais em termos de tecnologia para te favorecer nos treinos. O que você acha ? Temos um acordo aqui? Bem a não ser que você esteja querendo terminar comigo...


Vegeta ficou sem graça e desviou novamente o olhar. Resmungou:


 -Hunf! Que bobagem!


- E então Vegeta ?O que vai ser ? - Pisquei para ele do jeito que eu sei que ele gosta e é fascinante o modo como ele fica encabulado e insiste em desviar o olhar.


- É convincente! Então temos um acordo.


Já que estava tudo beleza fui tentar animá-lo.


Levantei-me e fui em direção onde ele estava sentado. Ele me seguiu com seus olhos curiosos. Então me curvei até ele e disse:


- Me dê espaço.


Ainda mais curioso, ele me obedeceu sem questionar, arrastou sua cadeira para trás. Então eu sentei no colo dele e ele se agarrou devagar à minha cintura. Apoiei minha cabeça sobre seu ombro. Ele disse:


- Como você é insolente!


        Levantei a cabeça para ver seu rosto e ele estava sorrindo de leve, um sorriso quase imperceptível. Vegeta é mesmo incrível não é?


     Eu quero tanto me resolver com ele que fico ansiosa. Não vejo a hora de ele voltar para conversarmos. Ele tem andado bem estranho ultimamente.


     Bem, como eu ia dizendo, eu não pude resistir ao charme de Vegeta, então eu não aguentei e apertei as bochechas dele:



Ele já me olhou estranho, mas eu não me intimidei. Eu percebi que cheguei ao estado quase patético da minha embriaguez. Fui logo descendo as mãos para a barriga de Vegeta que me olhava meio confuso. Bem, então perguntei:


-Você sente cócegas?


- O que... -Tentou dizer alguma coisa. Foi incrível! Eu nunca imaginei que Vegeta poderia sentir cócegas. Mas eu exagerei, comecei a fazer-lhe cócegas pra valer e ele começou a querer gargalhar, contrariado ele me pediu que parasse. Mas eu estava determinada em arrancar – lhe algum riso... Foi então que quase cedendo, ele rapidamente segurou meus pulsos:



-Por acaso está louca mulher? - Disse indignado e todo vermelho como um pimentão. – Não, você está bêbada! Tsc... E devo admitir que eu também. Vamos parar com essas brincadeiras idiotas. Hunf! Cócegas?! Como ousa me fazer essa bobagem ?



Eu comecei a gargalhar com a forma sem graça e ao mesmo tempo estúpida com que me disse aquilo. Suspirei:



-Tá bem, tá bem Vegeta. Não precisa ser tão resmungão, não é verdade? Aliás ,eu estava pensando, vamos aproveitar o presente, pois quando voltarmos teremos muitas responsabilidades. Você vai treinar bastante e eu vou cuidar de algumas coisas pendentes do trabalho. Mas podemos ficar juntos algumas vezes e nos divertir um pouco, hein? O que acha?
 - Pisquei.



-Hunf! Bulma! Você é realmente uma mulher muito atrevida. Se eu levasse para outro lado, diria que você está me dando ordens.



           Vegeta na defensiva, mas aceitando de sua forma a minha ajuda. Olhei para ele e percebi que se ele se esforçar bastante ele pode conseguir o que quer. Mas existe algo que eu acredito, mas que não contem a ele. Acredito que se ele tivesse o coração mais aberto para os sentimentos mais nobres, ele conseguiria evoluir mais rápido. É assim que acontece com Goku...


Continuei:


- Já que é inteligente você sabe que não é o caso. Vegeta. Esforce-se! Falta pouco para a chegada dos androides. Acabe com eles! E você sabe que eu sou muito linda e jovem para morrer não é ?


- Que seja! Bulma estou cansado, eu vou dormir. Você vem?



- Então vamos! – Estava meio contrariada, na verdade queria ficar mais e estava sem sono, mas eu não ia ficar ali sozinha, não é mesmo?


     Tomamos um banho rápido e nos ajeitamos  para dormir. A essa altura eu já estava meio sonolenta. Vegeta vestiu uma camiseta branca, eu coloquei uma camiseta rosa em conjunto com  uma calcinha. Ele ficou me olhando,se deitou comigo.


 Ficamos ali aconchegados de frente um para outro. Ele ficava me olhando de um jeito que parecia absorver  um  certo fascínio. Não me incomodei, pois estou acostumada com as pessoas me notarem. De certo estava reparando em minha rara beleza. Eu também o fiquei olhando ,sentido minhas pálpebras ficarem pesadas ,estava quase dormindo até que Vegeta começou:


Conversa ao travesseiro

- Eu tenho tido alguns pesadelos. – Disse de repente.

- Pesadelos?!

- Foi o que eu disse.

- Aff ! Eu entendi Vegeta. Do que se trata ? *sonolenta*.

- Daqueles miseráveis do Raditz e do Nappa.

- Com o irmão do Goku e aquele seu amiguinho o qual você matou? *sonolenta*

-A não ser que conheçamos outros, são esses mesmo!

- Ah tá... Entendi... * Quase dormindo*

- POR ACASO ESTÁ DORMINDO? COMO OUSA FAZER ESSE DESCASO DE MINHA PESSOA, BULMA!

- Ai, Vegeta! Vê se não grita tá bom? E não era você que estava cansado e tudo mais?

- Então durma logo!

- Não seja estúpido. Agora que despertei com seu grito, você vai ter que me contar que pesadelos tem tido com esses lunáticos.

-Vá dormir Bulma, não me amole.


- Se é isso que você quer. * me virei para dormir.*

-  Nesse pesadelo eles estão rindo de mim. Principalmente aquele idiota do Nappa. *Me virei de novo para ele*

- Então... Eles só riem.

- Não. AFF! Ficam me dizendo que sou fraco e que sou amiguinho do planeta terra. Zombam dizendo que estou louco e que me esqueci de quem eu sou .Eu tento golpeá-los mas não consigo atingi-los e eles riem ainda mais de mim.


-Você acha que eles estão certos?

-Que tipo de pergunta é essa?

-Ora, uma pergunta.

- Sim. De certa forma estão. Por que?

-Por que?! Se você não sabe eu vou saber ?A não ser que eu seja a responsável por isso.

- Ora! Você se acha responsável por isso? Não seja convencida.

-Tá bom! Boa noite!

-Não ouse dormir agora. Eu estou falando.

- Não ouse falar. Eu estou com sono agora.

-ARGGG! Mulher, você está sendo arrogante!


-Você está sendo chato Vegeta!

-Eu?! Mas que droga Bulma.

- O que você quer que eu diga?

- Me acalme, eu estou ansioso.

-Te acalmar? Eu não sou calmante. Tá sabendo?

- Me beije.

- Como?

- Não me faça repetir essa bobagem.

* Beijos de selinho*

-Pronto. Agora vamos dormir.


-Isso foi um beijo? Que desprezível.


-Sim, um beijo de quem está morrendo de sono!

Ele me puxou mais para perto de si de uma forma meio estúpida e me deu um beijo maravilhoso.

-Isso é um beijo...

 - E não é? Hihihihih!


Eu o beijei de volta e não é preciso dizer o que rolou depois disso, não é mesmo? Então, depois dormimos profundamente. Em breve chegaríamos ao nosso destino e mal podíamos imaginar o que nos esperava naquele intrigante planeta!


Continua...