Capitulo 6 - Vegeta e Bebida,uma combinação dos deuses

O Diário de Bulma

Capítulo 6

Vegeta e bebida: uma combinação dos deuses!

 

 

28 de Julho

 

                Para começar eu quero deixar bem claro que eu não vou ficar me preocupando com o Vegeta. Desde que aconteceu aquela “fraqueza” entre nós ele está se achando o rei do pedaço. Portanto diário, Vegeta está eliminado do meu pensamento. Mas aquele beijo... Ai... Ai... (cara de preocupada).

         Deixando isso para lá, vamos falar  da minha festa no próximo mês: fiz uma lista de convidados agradável e decidi colocar nela o nome dos meus paqueras preferidos. Bom, mas é claro que não posso deixar de chamar meus queridos amigos. Por falar nisso, liguei para o Kuririn e ele ficou animado. Vai me dar uma mãozinha... Perae! Ai! Tem alguém batendo na porta...

                   Ai Deus! Era o Vegeta! Ai, Diário!Já volto! Ele me chamou para irmos para o jardim...

 

  Mais tarde:

          Definitivamente passei um grande aperto agora. O Vegeta quase me matou de susto...

     Vegeta bateu na porta do meu quarto. Levei um susto vendo que era ele. Francamente  diário, fiquei envergonhada, pois desde aquele dia, mal temos nos falado. Então como se nada tivesse acontecido ele me disse:

-Bulma, venha até o jardim. Preciso de você.

            Juro que se ele tentasse me beijar outra vez ele ia se ver comigo. Mas não era nada disso. Ele queria que eu verificasse um problema na gravidade da cápsula. Estava com defeito, então verifiquei para ele. Era apenas um defeito bobo. Já que sou muito inteligente consegui detectar o problema na hora. Ele ficou surpreendido com minha inteligência eficaz dizendo:

-Você foi muita rápida. Tem certeza que arrumou isso direito?

- Ora! Mas é claro!Hunf! Esqueceu que sou um gênio?

         Percebi que Vegeta me evitava olhar nos olhos temendo alguma coisa. Para quebrar o gelo eu perguntei:

-Hei Vegeta!Como anda o treinamento?Como tem se esforçado muito, acredito que já esteja muito forte  ou até mesmo superado os poderes de Goku.

      Parece-me que ele ficou animado com a minha pergunta. E Então uma surpresa aconteceu:

    -Quer saber como anda meu treinamento? Então veja e se surpreenda com o meu poder.

        Assim dizendo transformou-se em super Sayajin na minha frente. Seus olhos negros  ficaram verdes e seus cabelos tornaram-se de um dourado brilhante - Tal como acontece com Goku.

       Fiquei muito emocionada, pois me senti lisonjeada por Vegeta está se mostrando para mim em Super sayajin. Mostrei para ele toda a minha felicidade. Sorri alegremente e ele também sorria. Por um segundo ele me olhou de novo daquele jeito e então comecei a ficar com medo. Ele foi se aproximando de mim, fiquei sem reação e ele foi colocando a mão na minha cintura olhando-me no fundo dos olhos com ar sedutor. Comecei a tremer com o que ele me disse:

    -Responda-me Bulma. Você já beijou um super Sayajin?

       Comecei a gaguejar e quando Vegeta ia me beijar Oloong bate à porta da nave fazendo com que Vegeta se afastasse com grande susto. Então abri a porta e ainda não muito bem com o que Oloong havia me dito na casa do Mestre Kame, perguntei o que ele queria.

      -Hei Bulma!O que você tá fazendo ai dentro com o Vegeta? Que coisa esquisita.

       -Deixa de conversa Oolong. Diga logo o que quer.

      -A sua mãe comprou uns lanches super gostosos. Vim chamar para a gente lanchar e jogar uma partida de baralho.

      Olhei para Vegeta e ele estava com os braços cruzados olhando apara Oolong com indiferença. Ele já não mais estava transformado em super sayajin. Então diário, com uma coragem que não sei da onde tirei, puxei a mão de Vegeta com carinho e o levei para lanchar conosco. Ele não a soltou por um tempo e não ficou bravo. Só pode ser outro Vegeta.

     Sentamos nos Kiosques perto da Piscina. Mamãe nos esperava e lanchamos todos. Vegeta nada falava. Estava ocupado mastigando. Depois saiu e foi treinar.

    É diário... Ainda bem que Oolong chegou. Foi melhor assim. Eu já não estou conseguindo deixar de pensar nele e em tudo que está acontecendo. Vegeta às vezes é tão grosso comigo e outras é tão diferente. Já havia dito antes. Mas seja lá o que estiver acontecendo comigo, espero que não seja nada que me faça sofrer. Espero...

 

 

1 de Agosto

      Vegeta e bebida: uma combinação dos deuses!

 

           É diário. Parece-me que a cada dia acontece alguma coisa que me faz aproximar mais de Vegeta. Hoje foi uma sexta feira de muito calor aqui na Corporação Cápsula. Pela manhã até a tarde fiquei na empresa com papai resolvendo assuntos e negócios. 

 

Cheguei em casa eram mais ou menos seis da tarde. Tomei um banho refrescante.

          Finalmente as amostras que encomendei de bebidas para minha festa haviam chegado. Muitas de várias marcas e sabores. Estou pensando em fazer uma festa bem farta e sem frescuras, servida à americana. Uma coisa que deixe a todos bem à vontade. Pedi a papai que acendesse a churrasqueira do jardim para fazermos um pequeno churrasco em família:Uma ótima forma de experimentar as bebidas.

          Vegeta compareceu. Estava com uma bermuda preta e uma blusa de malha branca. Eu sentei em uma das mesinhas e o chamei. Ele se sentou sem nada a dizer. Então eu o ofereci uma bebida de pêssego:

 -Hei Vegeta! Não quer me ajudar a experimentar bebidas para minha festa?

 Então ele me olhou indignado: -

 -Ficou maluca sua idiota?Eu não bebo essas bebidas alcoólicas e você também não deveria.

    Ele não precisava me dizer isso com tal grosseria. Então eu respondi:

-Você é mesmo um grosso Vegeta. Se for para me chatear pode ir para o seu canto e me deixar em paz.

        E ai aconteceu algo que me deixou abobada. Vegeta respirou fundo e me pediu uma garrafa:

  -Então me dê logo isso. O que está esperando?

           Peguei uma garrafa para ele e ele começou a tomar. Parece que ele gostou. Para começar tomou umas três. Daí começamos a conversar:

-Vegeta, eu estive pensando. Aqui na terra fazemos muitas coisas para nos distrair. O que os sayajins faziam para se divertir? Não me leve a mal, mas é que eu tenho a impressão que vocês só pensam em lutar.

 - Eu era muito novo quando meu planeta foi destruído. Lembro-me de algumas festas que meu pai dava e algumas que o Freeza realizava. Mas para mim, essas festas não passavam de um palco de bajuladores e interessados no que poderiam receber com o poder de dominação de Freeza.

 - Passei quase o tempo todo treinando... Sendo escravo daquele desgraçado. Gostaria de ter conhecido mais a minha raça fora da influência de Freeza. AH! Freeza, aquele verme maldito! Eu quem deveria tê-lo matado e não Kakaroto.

        Percebi um olhar de revolta em Vegeta enquanto ele falava. Prestava a atenção minuciosamente em tudo que ele fazia e dizia. Então ele pegou mais uma garrafa... Olhou bem pra mim e perguntou:

-Bulma, responda-me. Você acha que eu superei o nível kakaroto?

        Engoli seco com tal pergunta e o olhei bem nos seus olhos negros. Observei aquela carinha de quem esperava uma resposta sincera. Sua ansiedade me comoveu... O mínimo que podia fazer era realmente ser sincera:    

 -Olha Vegeta, eu acredito que com força de vontade superamos todos os obstáculos. Eu não posso te dizer que agora você é mais forte do que o Goku, ou Goku está mais forte que você, pois eu não sei como estão às coisas para o lado dele, mas posso dizer que você está mais forte e se superando cada vez mais. Realmente estou admirada pela sua força de vontade e determinação. Estou admirada em como conseguiu se transformar em super Sayajin. Foi incrível!

         Notei que ele percebeu que eusinha estava sendo sincera e deu um sorriso do canto da boca e me fez mais uma pergunta:

-Esse aqui que acabei de tomar, de que sabor foi?

           Eu peguei a garrafa e lhe mostrei:

-Veja aqui. -Mostrei-lhe o rótulo - pessêgo.

      Então ele colocou a mão no queixo pensativo, fitando a caixa de gelo das bebidas.

 -Me passe um de maçã, ali a direita.

  Passei pra ele. Confesso que fiquei preocupada, mas parece que o álcool ainda não havia surtido efeito no forte sayajin.

 

          Mamãe nos trouxe um pratinho de churrasco. Eu já estava um pouco alta e danei a falar de como eram as coisas antes dele aparecer. Contei de quando éramos crianças: eu, Goku, Chichi, Kuririn, Yamcha. Ele me fazia muitas perguntas do nosso passado. Estava sempre interessado no que Goku fez. Contei dos Torneios de Artes Marciais e de como Goku lutou com Tenshihan e Piccolo. Diário, por incrível que pareça Vegeta se divertiu muito com as minhas lembranças. Ele ria como eu jamais o vira rir na minha vida e como muita gente nem sonha em ver um dia. E assim bebemos à vontade. Contei para ele a primeira vez que Goku se transformou em Oozaru e do susto que levamos. Ai diário, como foi divertido! Depois, por um instante, Vegeta ficou pensativo, pois ele olhou pra o céu e seu semblante era de lamento.

              Talvez ele tenha lamentado não ter vivido tantas coisas como Goku viveu ou talvez se tenha lamentado a forma como cresceu e se fosse diferente ele não tivesse crescido com o coração tão duro, tão amargurado.

             Sua história seria outra? Quem sabe? Mas o que eu posso dizer aqui nesse meu confessor particular é que Vegeta parecia refletir sobre tudo isso e assim, vendo-o ali, com uma garrafa de bebida na mão, as faces coradas pelo torpor, já meio alto, olhando para o céu, o que só eu aqui no meu mundo tive oportunidade de ver, percebi que ali estava um homem comum com suas dúvidas, medos, esperanças, convicções e lamentações. Ele era como eu, como o homem do bar das sextas feiras. Não se via mais ali o guerreiro sayajin cheio de poderes capazes de destruir a tudo e a todos, mas sim o ser igualmente como os demais do dia a dia.

            Dessa forma, tomada de um impulso que não sei bem de onde veio, busquei suas mãos para junto da minha e as apertei como se com aquele gesto, eu o pudesse consolar de todas as formas. Então diário, uma coisa aconteceu: Vi uma lágrima discreta escorrer de seus olhos. Ela rolou devagar e escorregou pelo seu queixo. Naquele momento nem se quer respirei com medo de que ele notasse que eu havia percebido. Então para disfarçar, deitei a cabeça nos seus ombros.

 

 

2 de Agosto :

 

 

Calma Bulma, não aconteceu nada... He.he...

 

                 Definitivamente esses dias não têm sido normais. Ontem, quando estava conversando com Vegeta, me lembro de ter deitado a cabeça em seu ombro e depois... Por mais que eu me esforce não consigo me lembrar. Estou assim tão ansiosa simplesmente por ter acordado essa manhã com Vegeta em minha cama. Estávamos abraçados e eu deitada em seu peito. Estávamos com a mesma roupa, sinal de que nada aconteceu. Levei um grande susto quando acordei. Então percebi que apenas estávamos exaustos e que Vegeta me acompanhou  até meu quarto e acabou desmontando por lá mesmo comigo, ou seja ,nada aconteceu.Apenas dormimos e diário, que sono gostoso eu tive essa noite. Nem parece que eu havia enchido a cara. Sentir os braços de Vegeta me apoiando no descanso foi uma experiência que me trouxe a noção do que é realmente estar protegida. Sua respiração tranqüila enquanto dormia me passava um bem estar de aconchego e felicidade. Ai... Kami-sama... Não sei bem o que se passa comigo.

      Apesar do susto de estarmos juntos ali deitados, quando ele acordou, não me pareceu estar tão surpreso. Levantou-se tranqüilamente e eu fiquei meio que paralisada, esperando uma reação hostil, mas ele simplesmente não disse nada, foi até minha suíte e pelo o som que ouvi foi fazer xixi, pois aquilo parecia uma cachoeira de tanto barulho. Para ser menos exagerada, uma torneira aberta e barulhenta. Envolvida nesses pensamentos, fiz uma pergunta para ele do nada:

-Vegeta?Você levantou a tampa no vaso não, é mesmo? Vocês homens sempre se esquecem que não urinamos de pé.

       Então ele respondeu com aquele jeito irônico e arrogante:

 -Ora, o que pensa quem sou? Esses idiotas que você conhece como o Kuririn e o seu ex Yamcha? Vulgares!

           E foi assim que percebi naquele momento que eu e Vegeta parecíamos um casal comum, discutindo coisas comuns do dia a dia. Então comecei a rir com a situação me encontrando nela deliciosamente. Ele saiu do banheiro com aquele sorriso e simplesmente disse:

-Vamos dar uma caminhada. Meu corpo está meio estranho... Deve ser o álcool. Te espero no jardim.
 

           Pra falar a verdade não gostei do tom de voz imperativo do Vegeta e disse.

-Quem disse que eu quero caminhar com você Vegeta?

         Então ele soltou uma gargalhada.

-Ora essa! Sua burrinha! Para quem passou a noite comigo, caminhar não é nada. Eu sei que gostou não foi?Vejo pela sua cara de satisfação.

          Então eu me irritei e disse bem na cara dele.

-Apenas dormimos. É o máximo que posso esperar de você.

        Fiz uma cara de triunfante e então ele revidou sutilmente.

-Ora, ora. Pelo jeito que ficou comigo aquele dia que ia sair com aquele verme, parecia estar esperando muito mais, não é mesmo? Há. Há... Há...

         Fiquei sem palavras e então só para contrariar e deixá-lo sem graça, resolvi afetar suas convicções sobre esse assunto.

-Nossa Vegeta! Não é que você tem razão. Foi tão bom aquele dia, não é? Seu beijo... Eu não esqueço aquele beijo... Seus braços...

        Foi ai que percebi que à medida que eu dizia isso Vegeta ia ficando cada vez mais rubro, desconcertado, totalmente sem lugar, sua cara fechou e me interrompendo disse:

-Ora, deixe de dizer asneiras. Vou caminhar você querendo ir ou não. A mim pouco me importa o que queira fazer.

          Diário, acabei indo caminhar com o Vegeta e acredite que quase morri. Esse homem me fez andar tanto, mas tanto que meus pés estão doendo até agora.  Nesse momento estou com eles repousados em uma bacia de água morna.

Posso dizer que o dia hoje foi muito produtivo.

 

Continua...