O Diário de Bulma
Capítulo
25
“Deixe a sacada do seu quarto aberta ás 22 horas e me espere.”
Vegeta saiu apressado. Não tinha tempo a perder. Será que ele
realmente sabia o que estava fazendo? Seu coração estava acelerado. Em seu
peito se misturavam uma forte dose de ansiedade e adrenalina. Ele nunca havia
sentido algo daquela maneira.
Os pensamentos de Vegeta: chegou a pensar
que estava louco, mas não se conteve áquela nova sensação que estava lhe
arrebentando todo.
Sim!Bulma. Era o motivo disso tudo. O que
teria essa mulher de tão especial para envolver o príncipe dos sayajins dessa
forma? Ele sabia muito bem: Inteligência, beleza, talento? Singular demais para
Vegeta. Era muito mais que isso.
Ele relembrou sua conversa com a mãe de
Bulma alguns minutos atrás:
A
Sra.Briefs não gostou muito do tom de voz do “belo rapaz”, mas sabia que ele
estava se esforçando. Bulma já havia contado a ela que Vegeta queria conversar com
ela mais tarde. Viu a filha muito entusiasmada e ela já sabia o que dizer a
Vegeta sem precisar que ele perguntasse:
-Ela gosta de Flores, champanhe, e uma boa conversa.
Vegeta já tinha informação o suficiente. Ele saberia o que
fazer.
11h00minh manhã:
Diário, não é novidade nenhuma
descrever como me senti depois que Vegeta saiu do meu quarto. Aquela frase
firme e bem colocada: “Deixe a sacada do
seu quarto aberto ás 22 horas e me espere” não saía da minha mente. Eu
posso dizer que estou muito feliz.
Então tratei
logo de conter a minha ansiedade e fazer alguma coisa. O tempo custava a passar.
Estudei um pouco e depois resolvi dar uma caminhada pelo bairro.
Mesmo com o tempo
frio e nublado, as pessoas caminhavam animadamente pelas ruas. O feriado
forneceu certa animação e renovou as energias do pessoal.
Fui observando
tudo isso e tirando um pouco da ansiedade do meu coração e distraída, passei em
frente à casa da Manoella. E aquelasinha estava saindo de casa naquele exato
momento. Acredita diário, que ela teve a cara de pau de me chamar?
- Hei Bulma! Que
bom ver você por aqui!
- Nossa!Que
surpresa ver você por aqui. Geralmente você fica o dia inteiro trabalhando como
uma louca, né?
Como disse, eu estava muito feliz e ela não
iria conseguir acabar com ser pleno, leve e solto que eu estava sendo.
- O que você
quer? -Perguntei seca:
- Uau!Bulma!
Mas quanto mau humor!Sua mãe tem toda razão quando diz que você vive stressada.
Olha para você? Relaxe. Parece uma velha rabugenta.
Filha da... Mas eu me
contive e fui logo ao assunto?
- Olha aqui
garota. Sem rodeios, tá bom? Eu não gosto e nunca gostei de você. Portanto,
tenho mais o que fazer...
Então eu me virei de
costas para atravessar a rua. Não queria papo com ela, resolvi ser direta e
acabar com aquela ladainha toda. Mas é claro que ela sempre foi uma falsa, e a
partir daquele momento ela não precisava mais fingir quem era para mim, então a
pilantra resolveu tirar as garras para fora:
-Hei Bulma. - Me chamou com um
tom de voz irônico. – Sabe que eu e
Vegeta temos muito em comum?
Parei. Não resisti em ouvir
o que ela tinha para dizer. Ela continuou:
-
Eu sei que você tem uma quedinha por ele. Acha que não percebi?Aliás, deve ser
por isso que você me odeia tanto, não é?É compreensivo levando em conta que eu
e ele estamos nos dando muito bem. Mas se eu fosse você não perdia o seu tempo.
Eu e vegeta nascemos um para o outro. Soube disse desde o momento em que ele me
salvou daquele penhasco. Apaixonei-me na hora. Passei um bom tempo pensando em
como iria encontrá-lo. Não foi difícil quando soube que ele era seu hospede.
Daí foi tudo fácil. Uma visita, um agradecimento e BOMB! Ele ficou de quatro
por mim.
A vontade que eu tinha
era de voar no pescoço daquela &*¨% , mas a razão me dizia para esperar,
pois a vingança é um prato que se come frio. Então, me mostrando indiferente eu
disse:
-
Que lindo Manoella. Por que não escreve um livro sobre isso? –Debochei.
Ela se irritou.
Confesso que naquele momento eu não a reconheci. Ela me olhou séria disse:
- Não
brinque comigo coisinha. Quando eu estou no ringue é para ganhar. Posso
transformar a sua vida perfeita num verdadeiro inferno.
Mas eu sabia que
Manoella nunca era o que ela realmente demonstrava ser. Essa ameaça idiota não
me intimidou. Eu a conheci no colegial e sabia de muitas coisas sobre ela,
coisas o suficiente para não dar crédito a nada do que ela disser. Sabia que
ela tinha certo medo de mim. Deve ser porque além de eu ter uma personalidade
forte sou linda e inteligente.
Então,
naquele momento, parecendo que estava lendo meus pensamentos, ela disse.
- Escuta
aqui Bulma. Dessa vez vai ser diferente viu? Eu gosto pra valer daquele cara e
você não vai entrar no meu caminho. - Seus olhos brilhavam intensamente, perigosamente e
desafiadoramente. - Eu amo aquele
homem, se é o que quer saber. Não desistirei.
Diário, percebi
que naquele momento ela estava falando sério. Então, fazendo jus á minha
genialidade, eu tive uma idéia:
-
Há!Há! – Ri com vontade. – Manoella, do
que está falando? Você acha mesmo que eu estou competindo com você em relação
ao Vegeta?Que isso!Ele é como um irmão para mim.
- Hum?! - Me olhou
desconfiada.
- É
sério. - Afirmei. - Vegeta é
muito chato. Jamais me interessaria por ele. Que bobagem!Hehe!
-Desde quando? – Perguntou não
entendo onde eu queria chegar.
-Ah!Essa
é uma longa história. Um dia de conto com mais calma. Na verdade, apesar dele
ser um chato, eu o tenho como um irmão. Portanto, eu sempre achei que você não
é mulher para ele. Por isso o motivo de toda minha hostilidade em relação a
você. Mas depois de hoje, ver você falando dele com tanto amor, aliviou meu
coração. Agora sei que tanto ele quanto você, se merecem. - Para completar a
minha encenação eu apanhei com carinho as mãos dela:
-
Cuide de Vegeta com carinho tá bom? Meu irmãozinho... Oh vegeta!Tão carente...
Manoela me olhava com um ar
de interrogação além do comum. Eu acho que surgiu dentro de si uma torrente de
dúvida, suspeita e indignação. Mas eu não podia deixar que ela desenvolvesse
uma desconfiança que eu poderia estar mentindo. Eu tinha que dizer algo a ela
que pudesse fazê-la confiar em mim:
- Sei que tivemos nossas diferenças em um
passado distante. Coisa de criança!Mas eu não tenho tempo mais para essas
coisas. Estou com uns problemas pessoais para resolver. Sabe meu ex, o Yamcha.
Ele me traiu.
Eu jamais diria isso
normalmente. Meu orgulho não permitiria. Mas me expor para ela foi a carta por
baixo da manga que eu precisava.
-
Ah é!- Exclamou ela mais á vontade. -
Ficamos sabendo. Foi um escândalo aqui no bairro.
Como essa criatura é
inconveniente. Segurei minha raiva e indignação além do meu limite. Como pode
essa gente ficar tomando conta da minha vida?
Contive-me bem:
- Pois
é. Isso é horrível não é mesmo? Portanto meus pais vão dar um churrasco nesse
fim de semana lá em casa e eu chamei Yamcha. Estou pensando em reatarmos sabe... - Nesse momento eu
consegui fazer brotar dos meus olhos uma lágrima que saiu deslizando no meu
rosto devagar e poeticamente como em uma cena de drama. Não foi difícil levando em conta a raiva que
eu estava sentindo. -... Eu sinto
muito falta dele. Oh!Tenho tantas esperanças.
Manoella caiu na minha
armadilha. Meu plano já estava armado:
-
Ah!O Churrasco. Eu vou ao churrasco, sabia?Se quiser posso te dar uma ajudinha
com seu ex.
-
Não se preocupe Manoella. Já está tudo certo. Ele já sabe que preciso conversar
com ele. Obrigada. Bem, eu preciso ir que ainda tenho que trabalhar. – Despedi-me louca
para sair dali. - A gente se vê
no churrasco.
- Ok. Boa sorte com seu ex. Mande um beijo na
boca do meu gostoso Vegeta. Hihi. – Deu uma risadinha saliente.
Vulgar! Típico...
Sempre uma imbecil. Retribui com um sorriso e acenei com um tchau atravessando
a rua. Quando virei à esquina poder se ia notar uma sombra de maldade em minha
feição. Não há tempo para apelar para a minha consciência Meu plano está
traçado. Não haveria tempo para remorso mais tarde. Eu estava agindo de acordo
com a situação. Entenda diário que não posso me dar ao luxo de ser boazinha
agora. A Manoella não merece. E eu?
Mereço o meu Vegeta.
O Começo de uma noite diferente.
No relógio
estavam faltando trinta minutos para as 22 horas. Eu havia me preparado para
esperar Vegeta. Senti-me uma adolescente no primeiro encontro. Sim. É verdade
diário - Senti-me rumo ao um encontro. A sacada estava aberta. O vento frio
soprava levemente as cortinas. Meu quarto estava aquecido de ansiedade e
esperança. Sentei-me na minha poltrona. Estava vestida com uma calça jeans e
uma camiseta vermelha e meias. Sei que é simples, mas não queria planejar uma
grande coisa. E se minha expectativa fosse frustrada?
Para o tempo
passar rápido coloquei uma música e tentei relaxar. Então eu não sei o que
aconteceu que eu cochilei. De repente acordei com um barulho vindo da sacada.
No relógio 22 horas e meia. Nada pontual o sayajin, não é mesmo? Mas eu não me
importei. Ouvi um barulho de sacolas e achei estranho:
-Vegeta?É você?
-Sim,
Sou eu. Quem mais poderia ser?Por acaso esperava mais alguém?
- Mas
é claro que não Vegeta! Não seja estúpido. - Respondi irritada e pensando que
talvez ele tivesse querendo era brigar comigo.
Olhei as mãos dele e ele segurava
umas duas sacolas de compras: Uma em cada braço. O que me deixou mais surpresa
era o modo como ele estava vestido: Incrivelmente lindo e impecável. Eu
estremeci quando o vi.
Ele me olhou estranho.
Estava com o rosto corado. Certamente percebeu que eu não estava entendendo
nada!
-Me
desculpe... Éh... bem... – Disse engolindo seco. Eu
só confirmei que Vegeta pedir desculpas é algo muito difícil para ele. Mas não
era só isso que o estava deixando sem jeito. Quando vi ele tirar das sacolas
uma garrafa de champanhe Surrender, um
par de taças, uma caixa de morangos e um ramalhete de flores eu percebi que ele
estava tentando ser romântico. Sorri ansiosa esperando que ele falasse algo.
- Bem. É. – Tentou dizer
alguma coisa - Eu vou pegar...
Espere um momento.
Assim ele saiu do
meu quarto pela porta e depois de alguns segundos ele voltou com o balde cheio
de gelo do barzinho da mamãe. Vegeta estava vermelho. Mal conseguia me olhar
nos olhos. Pegou o ramalhete de flores, que percebi serem do jardim aqui de
casa e entregou para mim completamente sem jeito:
-Tome! São para
você. - Disse imperativo.
Eu fingi que não sabia de
onde vinham:
-
Que lindas Vegeta. Obrigada. - Disse cheirando-as emocionada. Ele continuou:
-
Bem, vou deixar essa bebida aqui no gelo e essas frutas ali... Depois se você
estiver interessada em beber comigo... –Sorriu para mim com as bochechas vermelhas.
-
Oh vegeta! Claro que sim! Mas por que
não agora? Que conversar primeiro?- Perguntei.
- Não. Vista um
agasalho. Vamos voar pela cidade.
- Vamos sair?
Espera-me eu trocar de roupa Vegeta? Você está tão bonito e eu...
- Não
precisa! Você está linda... É... Quero dizer que está bom assim.Não complique
Bulma. Vamos!
Sorri para ele e disse:
-Eu
sei... Vou calçar meu tênis e vestir meu casaco.
Assim que saí do closed, Vegeta
estendeu sua mão para mim. Quando a dei ele me puxou para si bruscamente, me
olhou alguns segundos nos olhos. Agora seus braços estavam em volta da minha cintura.
Depois colocou-me em seu colo e saiu
comigo rumo ao céus.
Eu me senti tão
feliz. Ou melhor, eu estou me sentido feliz com tudo o que aconteceu ontem á
noite. Por kami-sama!Queria que tudo isso durasse para sempre.
Enquanto ele me
segurava firmemente no colo, eu via as luzes da cidade maravilhada e pensava no
momento presente. Pensava o quanto aquilo realmente deveria durar para sempre.
Então me lembrei do pequeno trecho de uma canção “Momentos queimam, queimam lentamente em noites douradas”. E isso é verdade.
Portanto resolvi aproveitar todos os segundos sem medo e faria Vegeta fazer o
mesmo. A noite estava apenas começando...
Continua...
Essa Manoella é uma ordinária kkkkk. Coitada da Bulma, ainda vai ter muitos problemas, principalmente nesse churrasco que vem por aí.
ResponderExcluirO amor é lindo. O Vegeta sabe ser romântico quando ele quer, mas a Bulma se apaixonou pelo jeito grosseirão dele mesmo!
Adorei, beijos!!
Haahahah!É verdade Dani,vc tem toda a razão!!!só pela Bulma mesmo que vegeta poderia agir contra a sua natureza...kkkkk^^
ExcluirOu pela Bra!kkkkkk
ExcluirBeijos :)