segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Capítulo 25 “Deixe a sacada do seu quarto aberto ás 22 horas e me espere.”


O Diário de Bulma

Capítulo

25


“Deixe a sacada do seu quarto aberta ás 22 horas e me espere.”



        Vegeta saiu apressado. Não tinha tempo a perder. Será que ele realmente sabia o que estava fazendo? Seu coração estava acelerado. Em seu peito se misturavam uma forte dose de ansiedade e adrenalina. Ele nunca havia sentido algo daquela maneira.

      Os pensamentos de Vegeta: chegou a pensar que estava louco, mas não se conteve áquela nova sensação que estava lhe arrebentando todo.

      Sim!Bulma. Era o motivo disso tudo. O que teria essa mulher de tão especial para envolver o príncipe dos sayajins dessa forma? Ele sabia muito bem: Inteligência, beleza, talento? Singular demais para Vegeta. Era muito mais que isso.

    Ele relembrou sua conversa com a mãe de Bulma alguns minutos atrás:

   - Não me pergunte nada. Apenas responda a minha dúvida.


A Sra.Briefs não gostou muito do tom de voz do “belo rapaz”, mas sabia que ele estava se esforçando. Bulma já havia contado a ela que Vegeta queria conversar com ela mais tarde. Viu a filha muito entusiasmada e ela já sabia o que dizer a Vegeta sem precisar que ele perguntasse:


-Ela gosta de Flores, champanhe, e uma boa conversa.


         Vegeta já tinha informação o suficiente. Ele saberia o que fazer.
30 de Outubro

11h00minh manhã:

               Diário, não é novidade nenhuma descrever como me senti depois que Vegeta saiu do meu quarto. Aquela frase firme e bem colocada: “Deixe a sacada do seu quarto aberto ás 22 horas e me espere” não saía da minha mente. Eu posso dizer que estou muito feliz.
             Então tratei logo de conter a minha ansiedade e fazer alguma coisa. O tempo custava a passar. Estudei um pouco e depois resolvi dar uma caminhada pelo bairro.

       Mesmo com o tempo frio e nublado, as pessoas caminhavam animadamente pelas ruas. O feriado forneceu certa animação e renovou as energias do pessoal.

          Fui observando tudo isso e tirando um pouco da ansiedade do meu coração e distraída, passei em frente à casa da Manoella. E aquelasinha estava saindo de casa naquele exato momento. Acredita diário, que ela teve a cara de pau de me chamar?


- Hei Bulma! Que bom ver você por aqui!
Eu me arrebentei de raiva quando percebi que ela vinha ao meu encontro. Foi logo dizendo:

- Nossa!Que surpresa ver você por aqui. Geralmente você fica o dia inteiro trabalhando como uma louca, né?


       Como disse, eu estava muito feliz e ela não iria conseguir acabar com ser pleno, leve e solto que eu estava sendo.

- O que você quer? -Perguntei seca:


- Uau!Bulma! Mas quanto mau humor!Sua mãe tem toda razão quando diz que você vive stressada. Olha para você? Relaxe. Parece uma velha rabugenta.


   Filha da... Mas eu me contive e fui logo ao assunto?


- Olha aqui garota. Sem rodeios, tá bom? Eu não gosto e nunca gostei de você. Portanto, tenho mais o que fazer...

  Então eu me virei de costas para atravessar a rua. Não queria papo com ela, resolvi ser direta e acabar com aquela ladainha toda. Mas é claro que ela sempre foi uma falsa, e a partir daquele momento ela não precisava mais fingir quem era para mim, então a pilantra resolveu tirar as garras para fora:

-Hei Bulma. - Me chamou com um tom de voz irônico. – Sabe que eu e Vegeta temos muito em comum?


 Parei. Não resisti em ouvir o que ela tinha para dizer. Ela continuou:


- Eu sei que você tem uma quedinha por ele. Acha que não percebi?Aliás, deve ser por isso que você me odeia tanto, não é?É compreensivo levando em conta que eu e ele estamos nos dando muito bem. Mas se eu fosse você não perdia o seu tempo. Eu e vegeta nascemos um para o outro. Soube disse desde o momento em que ele me salvou daquele penhasco. Apaixonei-me na hora. Passei um bom tempo pensando em como iria encontrá-lo. Não foi difícil quando soube que ele era seu hospede. Daí foi tudo fácil. Uma visita, um agradecimento e BOMB! Ele ficou de quatro por mim.


     A vontade que eu tinha era de voar no pescoço daquela &*¨% , mas a razão me dizia para esperar, pois a vingança é um prato que se come frio. Então, me mostrando indiferente eu disse:


- Que lindo Manoella. Por que não escreve um livro sobre isso?Debochei.


           Ela se irritou. Confesso que naquele momento eu não a reconheci. Ela me olhou séria disse:


- Não brinque comigo coisinha. Quando eu estou no ringue é para ganhar. Posso transformar a sua vida perfeita num verdadeiro inferno.


        Mas eu sabia que Manoella nunca era o que ela realmente demonstrava ser. Essa ameaça idiota não me intimidou. Eu a conheci no colegial e sabia de muitas coisas sobre ela, coisas o suficiente para não dar crédito a nada do que ela disser. Sabia que ela tinha certo medo de mim. Deve ser porque além de eu ter uma personalidade forte sou linda e inteligente.

    Então, naquele momento, parecendo que estava lendo meus pensamentos, ela disse.


- Escuta aqui Bulma. Dessa vez vai ser diferente viu? Eu gosto pra valer daquele cara e você não vai entrar no meu caminho. - Seus olhos brilhavam intensamente, perigosamente e desafiadoramente. - Eu amo aquele homem, se é o que quer saber. Não desistirei.


          Diário, percebi que naquele momento ela estava falando sério. Então, fazendo jus á minha genialidade, eu tive uma idéia:

- Há!Há! – Ri com vontade. – Manoella, do que está falando? Você acha mesmo que eu estou competindo com você em relação ao Vegeta?Que isso!Ele é como um irmão para mim.


- Hum?! - Me olhou desconfiada.


- É sério. - Afirmei. - Vegeta é muito chato. Jamais me interessaria por ele. Que bobagem!Hehe!


-Desde quando? – Perguntou não entendo onde eu queria chegar.


-Ah!Essa é uma longa história. Um dia de conto com mais calma. Na verdade, apesar dele ser um chato, eu o tenho como um irmão. Portanto, eu sempre achei que você não é mulher para ele. Por isso o motivo de toda minha hostilidade em relação a você. Mas depois de hoje, ver você falando dele com tanto amor, aliviou meu coração. Agora sei que tanto ele quanto você, se merecem. - Para completar a minha encenação eu apanhei com carinho as mãos dela:


- Cuide de Vegeta com carinho tá bom? Meu irmãozinho... Oh vegeta!Tão carente...


 Manoela me olhava com um ar de interrogação além do comum. Eu acho que surgiu dentro de si uma torrente de dúvida, suspeita e indignação. Mas eu não podia deixar que ela desenvolvesse uma desconfiança que eu poderia estar mentindo. Eu tinha que dizer algo a ela que pudesse fazê-la confiar em mim:


 - Sei que tivemos nossas diferenças em um passado distante. Coisa de criança!Mas eu não tenho tempo mais para essas coisas. Estou com uns problemas pessoais para resolver. Sabe meu ex, o Yamcha. Ele me traiu.


        Eu jamais diria isso normalmente. Meu orgulho não permitiria. Mas me expor para ela foi a carta por baixo da manga que eu precisava.


- Ah é!- Exclamou ela mais á vontade. - Ficamos sabendo. Foi um escândalo aqui no bairro.


    Como essa criatura é inconveniente. Segurei minha raiva e indignação além do meu limite. Como pode essa gente ficar tomando conta da minha vida?

Contive-me bem:


- Pois é. Isso é horrível não é mesmo? Portanto meus pais vão dar um churrasco nesse fim de semana lá em casa e eu chamei Yamcha. Estou pensando em reatarmos sabe... - Nesse momento eu consegui fazer brotar dos meus olhos uma lágrima que saiu deslizando no meu rosto devagar e poeticamente como em uma cena de drama.    Não foi difícil levando em conta a raiva que eu estava sentindo. -... Eu sinto muito falta dele. Oh!Tenho tantas esperanças.


      Manoella caiu na minha armadilha. Meu plano já estava armado:

- Ah!O Churrasco. Eu vou ao churrasco, sabia?Se quiser posso te dar uma ajudinha com seu ex.

  Ela já estava confiando em mim.


- Não se preocupe Manoella. Já está tudo certo. Ele já sabe que preciso conversar com ele. Obrigada. Bem, eu preciso ir que ainda tenho que trabalhar. – Despedi-me louca para sair dali. - A gente se vê no churrasco.


  - Ok. Boa sorte com seu ex. Mande um beijo na boca do meu gostoso Vegeta. Hihi. – Deu uma risadinha saliente.


          Vulgar! Típico... Sempre uma imbecil. Retribui com um sorriso e acenei com um tchau atravessando a rua. Quando virei à esquina poder se ia notar uma sombra de maldade em minha feição. Não há tempo para apelar para a minha consciência Meu plano está traçado. Não haveria tempo para remorso mais tarde. Eu estava agindo de acordo com a situação. Entenda diário que não posso me dar ao luxo de ser boazinha agora.   A Manoella não merece. E eu? Mereço o meu Vegeta.


O Começo de uma noite diferente.


             


                  No relógio estavam faltando trinta minutos para as 22 horas. Eu havia me preparado para esperar Vegeta. Senti-me uma adolescente no primeiro encontro. Sim. É verdade diário - Senti-me rumo ao um encontro. A sacada estava aberta. O vento frio soprava levemente as cortinas. Meu quarto estava aquecido de ansiedade e esperança. Sentei-me na minha poltrona. Estava vestida com uma calça jeans e uma camiseta vermelha e meias. Sei que é simples, mas não queria planejar uma grande coisa. E se minha expectativa fosse frustrada?
          Para o tempo passar rápido coloquei uma música e tentei relaxar. Então eu não sei o que aconteceu que eu cochilei. De repente acordei com um barulho vindo da sacada. No relógio 22 horas e meia. Nada pontual o sayajin, não é mesmo? Mas eu não me importei. Ouvi um barulho de sacolas e achei estranho:


-Vegeta?É você?


-Sim, Sou eu. Quem mais poderia ser?Por acaso esperava mais alguém?

- Mas é claro que não Vegeta! Não seja estúpido. - Respondi irritada e pensando que talvez ele tivesse querendo era brigar comigo.

   Olhei as mãos dele e ele segurava umas duas sacolas de compras: Uma em cada braço. O que me deixou mais surpresa era o modo como ele estava vestido: Incrivelmente lindo e impecável. Eu estremeci quando o vi.


 Ele me olhou estranho. Estava com o rosto corado. Certamente percebeu que eu não estava entendendo nada!


-Me desculpe... Éh... bem...  – Disse engolindo seco. Eu só confirmei que Vegeta pedir desculpas é algo muito difícil para ele. Mas não era só isso que o estava deixando sem jeito. Quando vi ele tirar das sacolas uma garrafa de champanhe Surrender, um par de taças, uma caixa de morangos e um ramalhete de flores eu percebi que ele estava tentando ser romântico. Sorri ansiosa esperando que ele falasse algo.

          

- Bem. É. – Tentou dizer alguma coisa - Eu vou pegar... Espere um momento.

           Assim ele saiu do meu quarto pela porta e depois de alguns segundos ele voltou com o balde cheio de gelo do barzinho da mamãe. Vegeta estava vermelho. Mal conseguia me olhar nos olhos. Pegou o ramalhete de flores, que percebi serem do jardim aqui de casa e entregou para mim completamente sem jeito:


-Tome! São para você. - Disse imperativo.


 Eu fingi que não sabia de onde vinham:


- Que lindas Vegeta. Obrigada. - Disse cheirando-as emocionada. Ele continuou:


- Bem, vou deixar essa bebida aqui no gelo e essas frutas ali... Depois se você estiver interessada em beber comigo... –Sorriu para mim com as bochechas vermelhas.


- Oh vegeta! Claro que sim!  Mas por que não agora? Que conversar primeiro?- Perguntei.


- Não. Vista um agasalho. Vamos voar pela cidade.


- Vamos sair? Espera-me eu trocar de roupa Vegeta? Você está tão bonito e eu...

- Não precisa! Você está linda... É... Quero dizer que está bom assim.Não complique Bulma. Vamos!


     Sorri para ele e disse:


-Eu sei... Vou calçar meu tênis e vestir meu casaco.


             Assim que saí do closed, Vegeta estendeu sua mão para mim. Quando a dei ele me puxou para si bruscamente, me olhou alguns segundos nos olhos. Agora seus braços estavam em volta da minha cintura. Depois  colocou-me em seu colo e saiu comigo rumo ao céus.



         Eu me senti tão feliz. Ou melhor, eu estou me sentido feliz com tudo o que aconteceu ontem á noite. Por kami-sama!Queria que tudo isso durasse para sempre.


           Enquanto ele me segurava firmemente no colo, eu via as luzes da cidade maravilhada e pensava no momento presente. Pensava o quanto aquilo realmente deveria durar para sempre.

Então me lembrei do pequeno trecho de uma canção “Momentos queimam, queimam lentamente em noites douradas”. E isso é verdade. Portanto resolvi aproveitar todos os segundos sem medo e faria Vegeta fazer o mesmo. A noite estava apenas começando...



    Continua...


3 comentários:

  1. Essa Manoella é uma ordinária kkkkk. Coitada da Bulma, ainda vai ter muitos problemas, principalmente nesse churrasco que vem por aí.

    O amor é lindo. O Vegeta sabe ser romântico quando ele quer, mas a Bulma se apaixonou pelo jeito grosseirão dele mesmo!

    Adorei, beijos!!

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    1. Haahahah!É verdade Dani,vc tem toda a razão!!!só pela Bulma mesmo que vegeta poderia agir contra a sua natureza...kkkkk^^

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