Na imensa sacada da Corporação
Capsula, encontrava-se uma mesa farta com um exagero de doces, pães, sucos e chás,
sem contar com as variedades de tortas e pudins. À mesa estavam os três
sentados conversando: Oolong tomava um suco de laranja natural e comia um
sanduíche de mussarela, pois presunto era contra seus princípios.
Lince estava pensativa, tomando
um chá e ouvindo e não ouvindo a Sra. Briefs.O porquinho vendo-a distante, pergunta:
A Sra. Briefs disse encorajando a
moça:
A Sra. Briefs, percebendo que
Oolong estava se excedendo nos adjetivos e percebendo os olhos de Lince cada
vez mais arregalados, tratou logo de intervir:
Naquele momento o celular do
porquinho toca, ele pede licença e vai para um lugar mais reservado
atender:
- Alô ?
-Alô!Oolong ?Aqui é o mestre Tofu.
-Mestre! Estava esperando a sua ligação. Estou muito ansioso para
terminar meu curso de transformação.
O mestre Tofu foi um dos professores de
Oolong na academia no jardim- de- infância. Sabe-se bem que o porquinho é um
antropomórfico e pode mudar a sua forma,
mas ele foi expulso da academia por usar suas habilidades para fins egoístas,
fúteis e extramente pessoais, como roubar a calcinha de sua professora, um dos
motivos de sua expulsão. Agora ele quer completar esse curso custe o que custar,
pois desde a época, ele não consegue manter sua transformação por mais de 5
minutos.
Tofu conversou com
Oolong e fez com que ele prometesse não mais usar sua transformação para a
perversidade e em troca, lhe ensinaria a manter mais tempo a sua transformação.
Não pensem que o porquinho voltará para a academia. Esse curso será particular
e o mestre lhe ensinará somente isso, pois por mais que Oolong chorou e
implorou para que ele continuasse seus estudos, o mestre Tofu concordou apenas
em lhe ensinar o necessário. Nada mais, além disso.
- Oolong, vamos começar amanhã as aulas. Mas para isso preciso que
fique um tempo em minha casa. Já estou velho e não tenho ouro lugar que possa
te ensinar. Por isso terá que passar um tempo comigo e assim fico de olho em
você , mas se você pisar na bola meu filho, eu paro o curso imediatamente. Estamos
de acordo ?
Oolong sorriu com malicia, pois é
claro que ele estava tramando algo. Mas ele fingiu muito bem, pois mentir era
fácil para ele:
- Mestre, por favor. Não me relembre do meu passado vergonhoso. Eu
gostaria muito de resgatar a minha dignidade. Quero recomeçar a minha vida!Uma
vida nova! Isso é tão reconfortante para mim.
-Eu entendo meu filho. –Disse o mestre penalizado com o apelo
emocional de Oolong, mas ao mesmo tempo mantinha-se cuidadoso em relação ao porquinho,pois sua fama ,sabe-se bem, nunca foi a das melhores. -Por isso vamos começar rápido. Espero você aqui em casa para
começarmos imediatamente. Mas não acredite que terei somente a sua palavra como
crédito. Tenho um documento que você terá que assinar. Se por acaso desobedecer
qualquer cláusula que esse documento contém, será preso de acordo com a lei e
nunca mais poderá exercer sua habilidade.
Oolong irritou-se, mas manteve-se no papel
de arrependido. Ele realmente não contava com esse empecilho. Teria que pensar
em algo para sumir com o documento. Oolong disse ao mestre com calma:
-Sim Mestre. Eu compreendo perfeitamente. Eu realmente não fui um bom
garoto, né? Mas eu assino se é isso o
que deseja.
-Sim, sim meu filho, você foi terrível. Meu advogado estará aqui e irá
lhe orientar sobre qualquer dúvida que tiver.
-Seu advogado?!
-Exato. O nome dele é Mauricio, um rapaz muito bom.
Quando Oolong ouviu sobre o advogado ele se lembrou daquele nome. Seria o mesmo
Maurício que estava saindo com Bulma ?Se caso fosse, isso seria conveniente, pois
até onde ele sabe, Vegeta deu uma surra no Maurício, mas desconhece a razão,
mas sabia que tinha a ver com Bulma.
Oolong havia se encontrado com Maurício
por acaso na rua dias depois do aniversário de Bulma. Ele estava todo enfaixado,
com os braços quebrados e a perna direita fraturada. Uma enfermeira muito
bonita o levava na cadeira de rodas até o seu veículo. O porquinho ficou
entusiasmado com a beleza daquela moça e por alguns segundos pensou em como o filho da mãe podia ter tanta sorte na vida por
ter dinheiro ,beleza e uma enfermeira daquelas.
Ele então foi cumprimentá-lo:
-Ei Maurício!Quanto tempo! Por que está tão ferido?- Disse medindo o
corpo escultural daquela profissional da saúde, mal olhando para Maurício, que
por sua vez, não gostou nada de ter encontrado aquele porquinho amigo daquela
mulher ingrata a quem ele tanto se esforçou para agradar e não receber nada em
troca, ou melhor, ele recebeu foi uma grande surra e foi abandonado numa
estrada deserta. Sorte que seu celular estava intacto e ele, com muito esforço,
sozinho na escuridão, pôde ligar para a emergência.
- Você?! - Disse irritado. – O
que quer seu maldito? Não vai me dizer que
não sabe o que aconteceu?
Oolong o olhou confuso e nesse
momento reparou que a cara de Mauricio estava inchada, cheia de hematomas.Ele sabia que aquilo era uma obra de Vegeta, mas continuou se fazendo de bobo.
-Me desculpe, mas realmente eu não sei o que aconteceu. Não me vai dizer que entrou
numa briga ou se acidentou? - Perguntou curioso, envolto à pensamentos debochados.
-Aquele homem chamado Vegeta me agrediu do nada. Aquele... Aquele...
– Maurício não conseguia falar, pois se exaltou demais e seu rosto estava dolorido.
Uma lágrima escorreu dos seus olhos verdes e ele começou a chorar como uma criança.
Prontamente a enfermeira foi ao seu socorro:
- Senhor Maurício, fique calmo, por
favor. - Ela tirou de seu bolso uma caixinha de comprimidos e lhe deu um. Oolong
percebeu que era um calmante muito forte chamado Lexasan, usado como
antidepressivo para pessoas que sofreram de grande trauma.
-Nossa!A coisa deve ter ficado feia mesmo. Você deve ter apanhado aos montes.
Ainda bem que ele não te matou, não é verdade? Hehehe!
Devido ao comentário
inconveniente e a risadinha maldosa no final da frase, Maurício gritou aos
prantos:
- CALE-SE SEU IDIOTA E SAIA DA MINHA FRENTE. AI... AI... AI... AI...
AI. - Gemia o advogado dolorido. A jovem moça olhou com olhar de desprezo
para o porquinho reprovando a sua atitude sem senso. Assim, ela empurrou a
cadeira de rodas seguindo em frente, deixando Oolong para trás.
Enfim, nessa lembrança, agora tão preciosa, ele
teve uma ideia e a guardou para si.
Então, ele concordou com seu
mestre e rapidamente arrumou suas coisas. Foi até Lince e à Sra. Briefs afim de se
despedir:
-Lince, Sra. Briefs. Vou terminar um curso que comecei e estou indo
viajar.
-Mas tão rápido Oolonguisinho? Você não vai mais passar um tempo
conosco? Oh! É uma pena. Tinha tantos planos para o fim de semana. Agora são só
nós três Lince: eu, você e meu marido.
Oolong sorriu feliz. Ele também
gostava muito da Sra. Briefs, pois ao contrário dos demais, ela sempre o tratou
bem o tempo inteiro, mimando-o de uma forma que ele sempre gostou, lhe dando
tudo nas mãos a qualquer hora que ele precisasse. Ambos até adquiriram uma
forma peculiar de se tratarem algumas vezes com carinho. Como por exemplo, ele
a chamando-a de mãesinha:
- Não se preocupe mãesinha. Eu vou voltar para a senhora. Não vai
demorar, são somente alguns dias.E Lince ... - Virou-se para a moça. – Aquele lance de ficarmos juntos, não ia
dar certo mesmo. Eu sou um cara muito livre, tenho as minhas ambições. Um beijo
pra você gatinha. Vejo você por ai. – Piscou e saiu eufórico até a saída.
Lince, por sua vez, achou tudo muito esquisito naquela casa, mas não disse
nada, pois se sentia bem ali.
O Planeta Paraíso
Era exatamente meio - dia quando
eu e Vegeta acordamos com o alarme da nave nos avisando da nossa chegada.
Vegeta estava com a cara amassada e claramente de ressaca. Sem ao menos temos
tempo para nos preparar para o dia, fomos imediatamente para nossas poltronas
perto do painel de controle e colocamos nossos cintos de segurança para a
aterrissagem.
-Está preparada
Bulma? Agora você vai ver o planeta de que tanto te falei e vai entender a
minha empolgação.
Engraçado, eu imaginei que Vegeta
iria acordar de mau humor, mas me enganei. Olhei para ele e ele estava sorrindo de forma ansiosa . Eu também estava ansiosa e feliz, não é mesmo? Mas é claro que e eu tinha que
estar, pois não é todos os dias que Vegeta está disposto a dividir suas
experiências comigo.
Sorri para ele retribuindo a gentileza de suas primeiras palavras do
dia, que foram educadas e sem grosserias. Não disse nada, pois ainda estava
sonolenta e com dor de cabeça.
A aterrissagem foi meio
turbulenta, mas rapidamente entramos na atmosfera daquele lugar e por mais que eu pudesse imaginar que ali
fosse bonito, foi surpresa ver que ele era ainda mais lindo do que imaginei...
Bem diário, deixe-me descrever aquele planeta: as águas eram de um azul límpido
e transparente, a areia quase branca, fina e macia. Pude senti-la confortavelmente
com meus lindos pés quando os coloquei sobre ela. O planeta não é grande, para
falar a verdade é bem pequeno, cercado de ilhas tropicais por toda a parte. Parecia
formar uma gigantesca baía com uma vegetação exótica e exuberante, cheia de
plantas estranhas, mas belas. Árvores enormes compunham a paisagem de uma forma
única, nunca vista na terra. O céu de um azul quase que escuro cintilavam a
constelação daquele paraíso mesmo ao dia. Fiquei imaginando como seria durante
a noite. Eu estava ali parada olhando o oceano,
Vegeta estava atrás.Me virei para ele e percebi que ele observava com atenção a minha reação perante
aquela beleza toda.Esse Vegeta é cheio de surpresas.Percebi que ele estava tão
satisfeito por me ver animada e empolgada.Ele estava com os braços cruzados
,sentado na rampa da nave.
Bem, sendo eu uma mulher muito inteligente e questionadora, uma dúvida
me ocorreu, então, perguntei a Vegeta:
- Vegeta, não é estranho que esse planeta seja deserto? Ele é bonito
demais para ninguém nunca ter o explorado ou viver aqui. Não acha?
Ele se surpreendeu comas minha
indagação:
-Não seja estúpida Bulma. Eu estive aqui tempo o suficiente para dar a
volta por todo esse planeta e dias suficientes para perceber que ninguém vem ou vive aqui.
Eu não entendi bem na hora, mas a resposta de Vegeta não me confortou.
Mas eu deixei de lado. Senti que estranhamente minha dor de cabeça havia
passado e a ressaca do meu corpo simplesmente desapareceu.
A energia dali era
incrível e eu só pensava em colocar um o biquíni desconjuntado que Vegeta
colocou na bagagem.Para a minha surpresa ele havia colocado a parte de cima do
biquine que eu estava usando no dia em brincamos juntos na piscina aqui de casa . Quanto à parte de baixo, nada a ver... Era de outro biquíni. Me ocorreu que num
planeta deserto como aquele nós
poderíamos nadar pelados, não é? Hihihihihiih! Comecei imaginar coisas que um
casal apaixonado poderia fazer em um lugar isolado do mundo como aquele. Pensei
cada coisa e me perdi nesses pensamentos mantendo um sorriso no rosto. De
repente senti Vegeta do meu lado e me assustei de leve.
- Vamos ajeitar as coisas Bulma... Aff! Estou faminto.
Vegeta, ao contrário de minutos
atrás ,parecia disposto, sem aquele ar de ressaca. Então perguntei:
- Vegeta, você está bem? Quero dizer... Por acaso está de ressaca?
Ele parecia saber que mais cedo
ou mais tarde eu iria perceber essa nossa melhora física e sorriu do seu jeito
discreto.
- Eu sei o que está pensando Bulma. Vou começar a responder que me
sinto ótimo e que acho que o motivo repentino da nossa melhora física está no
ar desse planeta ou em qualquer outro elemento dessa atmosfera.
Fiquei surpresa e ainda mais encantada, então,
disse a Vegeta que chamaria aquele nosso lugar de Planeta Paraíso. Ele soltou
um “tanto faz” e foi entrando na nave para se arrumar e disposto a ajeitar as coisas .Fiz o mesmo.
Achei uma graça Vegeta me ajudar
a arrumar a bagunça. Guradei a nave na capsula hoi-poi e abrimos a casa em uma clareira entre as árvores a uns
centímetros consideravelmente seguro da praia. Ele vestiu uma bermuda preta e
uma camiseta regata branca com a logo da Corporação. Eu coloquei o biquíni com
uma saia jeans, deixando á mostra só a parte de cima do conjunto.
Depois de tudo arrumadinho, sugeri a Vegeta:
-Vegeta, o que você quer comer ? Vou preparar uma coisa bem gostosa para
nós!
Achei estranha a reação de Vegeta:
-NÃO OUSE COZINHAR PARA MIM OUTRA VEZ! – Disse em alto tom, arregalando
os olhos assustados para mim, depois ele pigarreou e continuou calmo: - Quero dizer...Não precisa se incomodar,
vou caçar um bicho que comi aqui uma vez. Não sei o nome dele, mas é muito
bom.Vamos assa-lo em uma fogueira e temperá-lo com ervas.
Fiquei enojada com aquilo. Eu não
ia comer um bicho estranho de jeito nenhum, mas quando percebi que Vegeta
estava apenas querendo me agradar e me mostrar suas coisas de primata, da
época em que ele viajava por ai no espaço, meu coração me conteve:
- Eeerr!Tá bom! Estou ansiosa para experimentar. - Sorri forçada e
sem graça.
Ele meio que percebeu diário... Me
olhou de soslaio e depois sorriu irônico:
- Fique aqui. Eu não demoro. Vou buscar a nossa comida. Mais tarde, iremos
voar por ai. Não toque em nada que não conheça. – Me alertou e ganhou os céus
do planeta. Fiquei o olhando até ele sumir da minha vista. Até parece uma garota super inteligente e cuidadosa como eu vai sair por ai mexendo em qualquer coisa que não conheça. Odeio quando
ele me trata como uma criança.
Entrei na casa e preparei um ramem
instantâneo para mim, assim, eu poderia comer pouco desse bicho estranho sem
exagero e disfarçar um pouco a ânsia de vômito que talvez eu pudesse sentir.
Fiquei pensando em como ele estava incrível e amoroso
e senti uma felicidade imensa.
Ah Vegeta! Eu te amooooooooooo!
Continua...